A margem financeira agregada foi, nos primeiros nove meses deste ano, de 2.557,6 milhões de euros, mais 91% do que um ano antes
Os quatro principais bancos privados tiveram lucros agregados de 2.301 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 93% em termos homólogos, resultados suportados pelo aumento das taxas de juro que beneficia o que bancos recebem pelos créditos.
O BCP foi o banco que mais lucrou até setembro, 650,7 milhões de euros, mais de sete vezes o resultado dos primeiros nove meses de 2022.
O Novo Banco divulgou esta quinta-feira lucros de 638,5 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 49%.
O Santander Totta teve resultados líquidos de 621,7 milhões de euros, mais 61,5%, e o BPI teve lucros de 390 milhões de euros, mais 35%.
A principal rubrica a explicar a subida significativa dos ganhos é a margem financeira, que é a diferença entre o que os bancos cobram pelos créditos e o que pagam pelos depósitos.
A subida das taxas de juro do mercado tem acompanhado o aumento das taxas diretoras pelo Banco Central Europeu (para combater a inflação), o que tem impacto nos créditos, sobretudo nos empréstimos à habitação que em Portugal são maioritariamente a taxa variável (indexados às taxas Euribor).
Por outro lado, os bancos têm aumentado a remuneração dos depósitos, mas mais lentamente do que sobem os juros do crédito.
A margem financeira agregada foi, nos primeiros nove meses deste ano, de 2.557,6 milhões de euros, mais 91% do que um ano antes.
O banco público Caixa Geral de Depósitos (CGD) divulga os resultados em 10 de novembro.