Antigo político indiano morto em direto na televisão enquanto era escoltado pela polícia

CNN Portugal , JGR
16 abr 2023, 22:50
Atiq Ahmed

Os três suspeitos, que se fazia passar por jornalistas, entregaram-se logo de seguida e começaram a entoar cânticos religiosos hindus

Um antigo político indiano Atiq Ahmed foi morto este sábado a tiro em direto na televisão, juntamente com o seu irmão, por indivíduos que se faziam passar por jornalistas. Ahmed, condenado por sequestro, estava sob escolta policial a caminho de uma consulta médica quando um grupo de três homens se aproximou e disferiu vários tiros à queima-roupa contra os irmãos.

Os três suspeitos entregaram-se logo de seguida e foram detidos pelos polícias que se encontravam no local a escoltar Ahmed e o irmão. Um dos agentes que se encontrava no local foi ferido, juntamente com um dos jornalistas.

Depois do ataque, os suspeitos começaram a entoar cânticos religiosos hindus.

O político indiano é uma figura bastante controversa no país. Os dois irmãos considerados duas figuras notórias do mundo do crime, no estado de Uttar Pradesh, no norte do país.

Os irmãos são acusados de dezenas de crimes de sequestro, homicídio e extorsão que terão ocorrido durante as últimas duas décadas. Um tribunal local condenou-o e a outros dois à prisão perpétua em março deste ano num caso de sequestro.

Dias antes, o filho de Ahmed tinha sido abatido a tiro pela polícia. E as últimas palavras do político foram em resposta ao porquê de não ter comparecido ao funeral do filho. “Eles não nos levaram, por isso não fomos”, afirmou antes de ser baleado mortalmente.

Após o incidente de sábado à noite, o chefe do governo de Uttar Pradesh, Yogi Adityanath, deu a ordem para a abertura de uma investigação judicial ao homicídio dos irmãos e proibiu aglomerações nos distritos do estado para garantir a tranquilidade nas ruas da região.

“O governo do estado impôs ordens restritivas após os homicídios de Atiq Ahmed e Ashraf Ahmed, que eram membros de uma grande máfia envolvida em apropriação de terras e em casos de homicídio”, disse um oficial da polícia local. “Não queremos que nenhuma forma de protesto ganhe força”, disse um funcionário à CNN Internacional sob condição de anonimato.

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