Cinco pormenores sobre o plano do ataque à Universidade de Lisboa que ainda não conhecíamos

11 fev 2022, 21:04

Um jovem português de 18 anos planeava um ataque à Faculdade de Ciência da Universidade de Lisboa. Tinha como objetivo cometer o maior número possível de homicídios sobre colegas universitários, de forma indiscriminada. Estes são novos os pormenores que conseguimos apurar

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O jovem detido utilizava o nickname "psychoticnerd#6116" para pesquisar e consumir, nos últimos dois anos e de forma compulsiva, vídeos de massacres em escolas nos Estados Unidos. Os alarmes soaram na Polícia Judiciária, que começou uma investigação minuciosa. Em pouco tempo descobriram este nickname no Youtube e identificaram o jovem. A PJ passou a vigiá-lo 24 horas por dia, desde sábado, dia 5 de fevereiro, e colocou os telefones sob escuta.

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No seu diário, o jovem escreveu ao pormenor o plano que tinha traçado e definiu uma data para o concretizar: era segunda-feira, dia 7 de fevereiro. Neste dia colocou o plano em marcha e foi para a Faculdade de Ciências. Na mochila levava várias armas: facas, uma catana e uma besta. Mas, já lá dentro, hesitou e acabou por voltar para casa. Escreveu no diário que se tinha arrependido de não ter avançado e definiu uma nova data: sexta-feira dia 11 às 13:20 da tarde, quando decorria o exame de Introdução à Programação da turma a que pertencia. A PJ avançou para o terreno na quarta-feira, dia 9, e às 7:30 chegou à aldeia do jovem, na Batalha.

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O ataque estaria planeado para o anfiteatro do bloco 3, onde estavam 300 pessoas. A escolha do local também foi pensada: no anfiteatro, as cadeiras estão presas ao chão, o que, na mente deste jovem, impedia que os colegas se defendessem... atirando-lhe as cadeiras. O ataque começaria com uma explosão com uma botija de gás. O objetivo era criar uma cortina de fumo e de fogo para atordoar os colegas, impedindo que fugissem. Depois, usaria as armas que tinha em casa para matar o maior número possível de colegas.

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O jovem escreveu tudo no diário em inglês e fez inclusivamente referência a uma "LAST MEAL" (Última refeição), ou seja, garantia que estava preparado para morrer e não iria parar até que fosse abatido pela polícia. Também numa placa de cortiça pendurada na parede estava a expressão “LAST DAY.” O último dia, a convicção de que iria sair morto do ataque.

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A reconstituição do quarto no jovem tal como é descrito pelos investigadores: a cama estava desfeita e em cima dos lençóis estava um peluche do Pikatchu. Na secretária, um diário escrito em inglês onde estava o plano do ataque ao pormenor. A capa do diário tinha uma personagem da banda desenhada que o jovem tanto aprecia. Na quarta-feira, o rapaz mostrava no Instagram a última aquisição: este boneco - Rimuru Tempest, o Grande Lorde Demónio da série que seguia na internet.

Na marquise junto ao quarto estava este arsenal:

  • 1 catana 
  • 1 besta com 25 setas
  • 1 punhal e 4 facas de mato
  • 1 martelo 
  • 1 pé de cabra
  • 1 Maçarico
  • 1 botija de gás
  • Isqueiros e garrafas com gasolina

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