Pais de Archie perdem novo recurso: criança não vai poder ir para os cuidados paliativos

CNN Portugal , BMA/BCE (Atualizada às 22:09)
5 ago 2022, 18:56
Archie Battersbee, o menino de 12 anos que está em coma desde abril (D.R. Hollie Dance)

Menino, de 12 anos, está em coma desde abril, na sequência de um desafio na Internet. Máquinas devem ser desligadas às 10:00 de sábado

Os pais de Archie Battersbee perderam um novo recurso, que tinha como objetivo que o menino fosse transferido para os cuidados paliativos. As máquinas devem, por isso, ser desligadas às 10:00 de sábado.

Este recurso tinha surgido após o Supremo Tribunal ter negado nesta manhã de segunda-feira que o menino fosse transferido para uma unidade de cuidados paliativos, contrariando assim o pedido da família. O Tribunal, destinado a situações de recursos, decidiu pouco depois das 18:30 que a permissão para recorrer foi recusada.

Lembre-se que a criança, de 12 anos, está em coma desde abril, na sequência de um desafio na Internet.

Este pode ser o culminar de uma série de ações legais dos pais contra as recomendações dos médicos do Royal London Hospital, onde o menino está internado desde que a mãe o encontrou inconsciente, com uma "ligadura" envolta ao pescoço. Hollie acredita que este foi o resultado de um desafio na rede social Tik Tok, conhecido como "Blackout Challenge", que consiste em apertar o pescoço até se perder a consciência por falta de oxigénio.

O caso foi a tribunal, no Royal Courts of Justice, que assumiu o lado dos médicos, por considerarem que os pais esgotaram os "direitos legais" para manter a criança ventilada. Hollie e Paul recorreram da decisão ao Supremo Tribunal, sem sucesso, e esta quarta-feira resolveram apresentar um pedido ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos para que se pronunciasse sobre o caso e, assim, adiar o fim do tratamento de suporte de vida. 

Porém, o tribunal europeu recusou-se a "interferir em decisões de tribunais nacionais". Perante a decisão, os pais agarraram-se à última oportunidade que lhes restava e recorreram da decisão dos tribunais - novamente, sem sucesso.

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