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GUERRA AO MINUTO | G7 afirma que Rússia tem de pagar quase 486 mil milhões de euros para reconstruir a Ucrânia

Todas as informações mais recentes sobre o conflito na Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro de 2022
2024-06-14

O que está a acontecer

2024-02-27
09:58

Suécia diz que envio de tropas "não está na ordem do dia

O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, disse esta terça-feira que o envio de tropas para a Ucrânia "não está na ordem do dia" neste momento, numa altura em que o país está prestes a tornar-se membro da NATO.

"Não está na ordem do dia neste momento", disse Kristersson à estação sueca SVT, em resposta aos comentários do presidente francês Emmanuel Macron e do primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, que alertaram que o envio de tropas terrestres "ocidentais" para a Ucrânia não deve "ser excluído", no futuro, isto depois de o primeiro-ministro da Eslováquia ter dito que alguns países da NATO e da UE ponderam celebrar acordos bilaterais para enviar tropas para território ucraniano.

"Por enquanto, estamos ocupados a enviar equipamento avançado para a Ucrânia [de diferentes formas]", sublinhou o primeiro-ministro sueco.

No dia 20 de fevereiro, Estocolmo anunciou um montante recorde de ajuda militar (o 15.º pacote) a Kiev, sob a forma de equipamento no valor de 633 milhões de euros, incluindo munições de artilharia, navios de guerra, sistemas antiaéreos e granadas.

"Não existe qualquer pedido" do lado ucraniano para a presença de tropas terrestres, afirmou Ulf Kristersson acrescentado que "a questão não é atual".

"Os países têm tradições diferentes de empenhamento" na cena internacional disse o primeiro-ministro frisando que "a tradição francesa não é a tradição sueca", referindo-se assim à posição demonstrada pelo chefe de Estado francês.

A Suécia envia tropas para contingentes de manutenção da paz, mas não se envolve numa guerra desde um conflito com a Noruega em 1814.

Estes comentários surgem um dia depois de o parlamento da Hungria ter votado a favor da entrada da Suécia na NATO, quase dois anos após o início do processo de adesão.

Estocolmo, que tem estado interessada em aderir à Aliança Atlântica desde a invasão russa da Ucrânia, vai ser o 32.º membro, pondo fim a mais de 200 anos de não-alinhamento militar.

"A Suécia está pronta para assumir as responsabilidades em termos de segurança euro-atlântica", disse Ulf Kristersson após a votação húngara.

Siga ao minuto:

2024-06-14
23:29

Rússia insta ONU e Estados-membros a recusarem participar na Conferência para a Paz

A Rússia instou esta sexta-feira o Secretariado das Nações Unidas (ONU), assim os Estados-membros da organização, a rejeitarem participar na Conferência para a Paz na Ucrânia, a qual considerou "provocativa e absolutamente inútil".

Numa reunião do Conselho de Segurança da ONU convocada por Moscovo para discutir a autorização dada à Ucrânia para utilizar armas ocidentais contra alvos dentro da Rússia, o embaixador russo, Vasily Nebenzya, pediu aos Estados-membros da ONU para que "não se deixem usar como figurantes nas intrigas antirrussas do Ocidente".

Acusando os líderes ocidentais de "empurrarem a Europa para a beira de uma nova grande guerra", Nebenzya dirigiu-se especialmente aos "países do Sul Global" e a todos os países "cujas lideranças estão a seguir um caminho sensato", instando-os a não acreditarem nos objetivos da Conferência para a Paz, uma vez que não passa de "uma tentativa primitiva de apresentar um ultimato à Rússia".

2024-06-14
20:48

G7 afirma que Rússia tem de pagar quase 486 mil milhões de euros para reconstruir a Ucrânia

O grupo de sete países afirmou esta sexta-feira que a Rússia terá de pagar pela reconstrução da Ucrânia, algo que custaria aproximadamente 486 mil milhões de dólares, de acordo com o Banco Mundial.

"As obrigações da Rússia, ao abrigo do direito internacional, de pagar pelos danos que está a causar são claras e, por isso, continuamos a considerar todas as vias legais possíveis para que a Rússia cumpra essas obrigações", afirmaram os líderes do G7 numa declaração no final de uma cimeira em Itália.

2024-06-14
20:25

G7 apela a que todos os países respeitem trégua olímpica

Os países do G7, o grupo das sete democracias mais industrializadas do mundo, apoiaram hoje a trégua olímpica e apelaram a que todos os países a respeitem, numa declaração emanada da cimeira realizada no sul de Itália.

“Esperamos com interesse os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Paris2024 e apelamos a que todos os países respeitem a trégua olímpica, de forma individual e coletiva”, lê-se nas conclusões do documento, assinado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unidos.

Os chefes de Estado e de Governo do G7, reunidos até hoje num hotel da região italiana de Apulia, recordaram que a trégua foi aprovada no passado dia 21 de novembro, pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

2024-06-14
19:26

Putin diz estarem envolvidos 700 mil soldados na ofensiva

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje que cerca de 700.000 soldados estão envolvidos atualmente na ofensiva na Ucrânia, que se iniciou em fevereiro de 2022.

"Temos quase 700.000 homens na área da operação militar especial", disse Putin, utilizando o termo oficial para caracterizar a guerra em curso, durante um encontro com soldados condecorados pelos seus feitos de armas, com transmissão televisiva.

Em dezembro, Putin tinha indicado que o número de tropas envolvidas era de 617.000.

Este anúncio surge no momento em que a Rússia lançou, em maio, uma vasta ofensiva na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia.

2024-06-14
17:11

Zelensky chega à Suíça onde se prepara para a Cimeira da Paz

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, chegou esta sexta-feira à Suíça, onde vai acontecer a Cimeira da Paz para discutir várias medidas para acabar com a guerra na Ucrânia.

"Serão dois dias de trabalho ativo com países de todas as de todas as partes do mundo, com nações diferentes que estão unidas por um objetivo comum de encontrar uma paz justa e duradoura na Ucrânia", afirmou no X. 

2024-06-14
15:50

"A Rússia poderá tentar fazer o mesmo tipo de aproximação aos ativos ocidentais que estejam no país"

Orlando Samões, especialista em Relações Internacionais, diz que o empréstimo dos bens russos congelados à Ucrânia por parte do G7 é “uma intenção voraz e importante”. “Sinaliza à Rússia que o mundo está atento e que mantem o apoio à Ucrânia”, explica.

2024-06-14
15:14

Reunião do G7 faz "mudança de paradigma" e gera "mau-estar em Moscovo" ao minar "uma das principais fragilidades"

O G7 decidiu fazer um empréstimo à Ucrânia com base nos bens russos congelados. "Fica evidente que usar os bens russos está a gerar mau-estar e constrangimento em Moscovo", afirma Sónia Sénica, acrescentando que agora "Putin quer tomar as rédeas da iniciativa política".

2024-06-14
15:08

TPI investiga ciberataques da Rússia em infraestruras civis ucranianas

Os promotores do Tribunal Penal Internacional (TPI) estão a investigar as suspeitas de ciberataques realizados pela Rússia a infraestruturas civis da Ucrânia como possíveis crimes de guerra.

De acordo com a Reuters, pelo menos quatro grandes ataques a infraestruturas de energias estão a ser investigados. A Rússia negou até aqui a responsabilidade por qualquer ciberataque.

2024-06-14
14:38

Zelensky diz que proposta de cessar-fogo de Putin não é para levar a sério

A proposta de cessar-fogo do presidente russo, Vladimir Putin, é um ultimato que não pode ser levada a sério, disse o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky ao canal de notícias italiano SkyTG24 à margem da cimeira do G7.

Zelensky disse acreditar que Putin não iria parar a sua ofensiva militar, mesmo que as suas exigências de cessar-fogo fossem cumpridas.

2024-06-14
14:18

Putin “não está em posição” de fazer exigências à Ucrânia

O presidente russo Vladimir Putin “não está em posição” de fazer exigências à Ucrânia para acabar com o guerra, disse o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin.

Putin disse esta sexta-feira que a Rússia acabaria com a guerra na Ucrânia apenas se Kiev concordasse em abandonar as suas ambições da NATO, desistisse das quatro províncias reivindicadas por Moscovo, e aceitasse uma desmilitarização.

"Ele não está em posição de ditar à Ucrânia o que eles devemos fazer para atingir a paz", disse Austin, citado pela agência Reuters. 

2024-06-14
13:10

NATO terá maior papel na distribuição de armas à Ucrânia

A NATO vai assumir um papel mais importante na coordenação do fornecimento de armas à Ucrânia, disse a aliança na sexta-feira. "Estes esforços não fazem da NATO uma parte do conflito, mas vão reforçar o nosso apoio à Ucrânia para defender o seu direito à autodefesa", disse o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, aos jornalistas em Bruxelas.

2024-06-14
13:06

NATO em "alerta máximo". "Temos as tropas prontas"

Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, anunciou ainda novos exercícios militares. "Temos as tropas prontas e em alerta máximo". 

2024-06-14
12:48

Podolyak rejeita as condições de Putin

Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano, já reagiu à proposta de Putin e disse à agência Reuters  que "há qualquer possibilidade de chegar a um compromisso" entre a declaração de Putin e a posição da Ucrânia. 

Segundo Podolyak, as condições de Putin são para que a Ucrânia assuma a derrota e desista da sua soberania.

Trata-se, diz, de uma tentativa do presidente russo para definir a agenda da cimeira de paz agendada para este mês na Suiça.

2024-06-14
12:21

Lavrov: o conceito de segurança euro-atlântica já não é relevante para a Federação Russa

O conceito de segurança euro-atlântica já não é relevante para a Rússia, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, aos jornalistas após uma conversa com o presidente russo.

“Durante as primeiras décadas do século passado, ainda estávamos dentro de estruturas de natureza euro-atlântica”, lembrou Lavrov, citado pela agência Tass. “Todas estas e outras estruturas que estavam de uma forma ou de outra ligadas ao Euro-Atlântico provaram o seu fracasso como resultado, como já disse, da linha dos EUA de subordinar tudo à sua vontade. A Europa também se tornou uma das vítimas de tal política, perdeu a sua independência e, neste sentido, a segurança como algo alcançado e desejado no contexto euro-atlântico já não é relevante para nós.”

2024-06-14
12:03

Kiev sob ataque de drones

As defesas aéreas da Ucrânia estiveram empenhadas, estta sexta-feira, a repelir um ataque de drones na região de Kiev, anunciou a administração do governo local.

2024-06-14
12:01

Putin impões as condições para um cessar-fogo na Ucrânia

Putin garantiu que a Rússia está pronta para começar as negociações "amanhã" se as tropas ucranianas retirarem de Zaporizhzhia, Kherson, as regiões de Donetsk e Luhansk e se a Ucrânia desistisse dos seus planos de aderir à NATO.

Se a Ucrânia concordasse com essas condições, Putin disse que a Rússia cessaria os ataques e iniciaria negociações.

“Hoje estamos a fazer outra proposta de paz concreta e real [a Kiev]”, disse, citado pela Tass. "A essência da nossa proposta não é uma espécie de trégua temporária ou suspensão de fogo, como pretende o Ocidente, a fim de restaurar as perdas, rearmar o regime de Kiev, prepará-lo para uma nova ofensiva. Repito, não estamos a falar  de congelar o conflito, mas de seu fim definitivo”, disse Putin. "Repito, a nossa posição de princípio é a seguinte: o estatuto neutro, não alinhado e livre de armas nucleares da Ucrânia, a sua desmilitarização e desnazificação."

2024-06-14
11:19

Putin: "Os novos territórios ficam para sempre com a Federação Russa, esta questão nem pode ser discutida"

A Rússia não iniciou a guerra, foi o regime de Kiev que iniciou e continua as hostilidades, afirmou o presidente russo, Vladimir Putin. "No Ocidente, ouve-se constantemente a tese de que a Rússia iniciou a guerra como parte de uma operação militar especial, e que é o agressor”, disse Putin. “Mais uma vez, quero enfatizar que a Rússia não iniciou a guerra. Foi o regime de Kiev, depois de os habitantes de parte da Ucrânia declararem a sua independência de acordo com o direito internacional, que iniciaram as hostilidades e as continuaram", acusou. 

E deixou bem claro: "Os novos territórios ficam para sempre com a Federação Russa, esta questão nem pode ser discutida".

2024-06-14
11:16

O conflito com a Ucrânia é o resultado da política dos países ocidentais, afirma Putin

Os povos da Rússia e da Ucrânia encontrariam uma forma de resolver quaisquer questões de forma justa, mas a causa do conflito reside nas políticas do Ocidente, afirmou o presidente russo, Vladimir Putin, numa reunião com a liderança do Ministério das Relações Exteriores.

Putin observou que no mundo de hoje, os problemas de falta de segurança e confiança mútua não se aplicam apenas ao continente euro-asiático. “Tensões crescentes são observadas em todos os lugares e vemos constantemente como o mundo está interligado e interdependente. E um exemplo trágico para todos nós é a crise ucraniana, cujas consequências repercutem em todo o planeta”, explicou Putin, citado pela agência Tass.

“Quero dizer desde já: a crise associada à Ucrânia não é um conflito entre dois estados. Nem entre dois povos. Se este fosse o caso, então não há dúvida de que os russos e os ucranianos, que estão unidos por uma história e cultura comuns, valores espirituais, parentesco, família, ligações humanas, encontrariam uma maneira de resolver quaisquer problemas de forma justa”, disse o líder russo. “Mas a situação é diferente”, continuou Putin. “As raízes do conflito não estão nas relações bilaterais. Os acontecimentos na Ucrânia são um resultado direto do desenvolvimento global e europeu do final do século XX - início do século XXI. Aquela política agressiva, sem cerimónia e absolutamente aventureira que o Ocidente seguiu e levou a cabo durante todos estes anos, muito antes do início da operação militar especial."

2024-06-14
11:03

G7 promete ação contra apoiantes chineses da Rússia na guerra contra a Ucrânia

Os líderes do G7 comprometem-se a tomar medidas contra as instituições financeiras chinesas que ajudarem a Rússia a obter armamento para a guerra contra a Ucrânia, de acordo com uma proposta de comunicado da cimeira a que a Reuters teve acesso. 

Neste comunicado os líderes do Reino Unido, Canadá, França, Itália, Alemanha, Japão e Estados Unidos também prometem sanções contra entidades que ajudarem a Rússia a contornar as sanções impostas à comercialização do seu petróleo. "Entidades, incluindo instituições financeiras, que facilitam a aquisição pela Rússia de itens ou equipamentos para a sua base industrial de defesa estão a apoirar ações que prejudicam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia", lê-se no documento.

2024-06-14
10:58

Emprestar bens russos congelados a Kiev pode tornar-se um "problema sério" e "virar-se contra o Ocidente"

O G7 chegou a um acordo para conceder um empréstimo à Ucrânia com base nos bens russos congelados. O comentador Tiago André Lopes fala de “uma decisão política e juridicamente difícil” e que pode “virar-se contra o Ocidente”.