Pelo menos seis mortos em operação antiterrorista indiana em Caxemira

Agência Lusa , JGR
30 dez 2021, 07:36
Ataque indiano em Caxemira

Vítimas são rebeldes. Dos quatro identificados até agora, dois são de origem paquistanesa, e dois são locais

Pelo menos seis elementos do grupo rebelde Jaish-e-Mohammad (JeM) morreram esta quinta-feira numa operação antiterrorista das forças de segurança indianas em duas áreas distintas da disputada Caxemira indiana.

"Seis terroristas do grupo proibido JeM foram mortos em dois encontros separados", na região sul de Caxemira, disse o departamento da polícia local, na conta oficial na rede social Twitter.

As autoridades indianas disseram que dos quatro rebeldes identificados até agora, dois são de origem paquistanesa, e dois são locais.

O JeM, que procura a integração da Caxemira indiana no Paquistão e tem ligações com a rede terrorista Al-Qaida, reivindicou vários ataques na região, incluindo o de 14 de fevereiro do ano passado em Pulwama, no qual morreram 42 polícias indianos.

Este ataque desencadeou um bombardeamento indiano de um alegado campo do JeM, em território paquistanês, e uma resposta do Paquistão, que abateu caças e deteve um piloto indiano.

A crise provocou uma forte escalada da tensão entre os dois países, detentores de armas nucleares.

A Índia tem acusado repetidamente o Paquistão de permitir e apoiar o "terrorismo transfronteiriço" em ataques contra alvos indianos, bem como de alimentar protestos entre a população de Caxemira.

Caxemira é a única região de maioria muçulmana da Índia, localizada nos Himalaias, e sobre a qual o Paquistão reclama a soberania, desde a divisão do subcontinente em 1947 e a independência do Reino Unido.

Estas tensões aumentaram em agosto de 2019, quando Nova Deli revogou o estatuto semiautónomo da Caxemira indiana, dividindo o estado em dois territórios controlados diretamente pelo governo central.

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