Mãe de Rubiales disposta a "morrer" até que "Jenni diga a verdade"

29 ago 2023, 11:35
Ángeles Béjar (EPA/Alba Feixas)

Ángeles Béjar iniciou uma greve de fome na segunda-feira na igreja da Divina Pastora de Motril. Diz que o filho é "uma pessoa decente" e que está a ser vítima de uma injustiça depois do beijo que deu à jogadora espanhola Jenni Hermoso

Ángeles Béjar, mãe do presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, afirmou esta terça-feira que vai manter a greve de fome até que existam desenvolvimentos no caso que envolve o filho. Em declarações ao "Programa de Verão" da Telecinco, garantiu que não vai "parar até que Jenni diga a verdade".

"Estou bem, acredito em Deus e peço a verdade. Estarei até que o meu corpo aguente. Não vou parar até que Jenni diga a verdade. Não me importa morrer por justiça. O meu filho é uma pessoa decente e não é justo o que estão a fazer", afirmou no programa, citada pelo jornal Marca.

Ángeles Béjar, que iniciou a greve de fome na segunda-feira na igreja da Divina Pastora de Motril, no bairro de Capuchinos de Motril, em Granada, disse ainda esperar que a jogadora da seleção espanhola "mantenha a versão inicial do que aconteceu" e voltou a afirmar que acredita que o filho está a sofrer uma "perseguição desumana e sangrenta" .

A "versão inicial" a que se refere trata-se de um comunicado da RFEF em que a jogadora diz que o beijo foi "consensual". Entretanto foi noticiado que esse comunicado tratava-se de uma distorção da versão realmente dada por Jenni Hermoso. Certo é que a jogador já disse que o beijo não foi consensual e o Ministério Público espanhol já abriu um inquérito contra Rubiales.

O futebol espanhol está envolto em polémica desde 20 de agosto quando, no final do jogo que sagrou a seleção feminina espanhola campeã do mundo de futebol, em Sydney, Luis Rubiales beijou na boca Jenni Hermoso enquanto festejavam.

Depois de vários dias com muitas críticas por diversos setores da sociedade, a Federação realizou sexta-feira uma assembleia geral extraordinária, na qual era esperado o pedido de demissão de Rubiales.

Luis Rubiales não se demitiu, dando origem a um novo pico de contestação e extremar das posições, com as jogadoras da seleção a anunciarem não estarem disponíveis para voltar a representar Espanha enquanto os atuais dirigentes da RFEF se mantiverem nos cargos.

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