Governo reforça verbas para evitar deixar cair 2.500 camas em residências para estudantes. 375 milhões do PRR não eram suficientes

15 set 2022, 08:12
Imobiliário em Portugal (Getty Images)

REVISTA DE IMPRENSA. Ministra do Ensino Superior disse que já foi enviado um "pedido de reforço" de verbas a António Costa e Mariana Vieira da Silva

O Governo já tinha destinado 375 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para Plano Nacional de Alojamento Estudantil (PNAES), mas de acordo com o jornal Público, essa verba vai ser reforçada. Em causa estão cerca de 2.500 camas novas do total de 12 mil anunciadas em julho. Até agora, estão assegurados 9.400 lugares em residências que serão construídas ao longo dos próximos quatro anos.

Para completar o financiamento dos projetos aprovados pelo júri em julho são necessários cerca de 52 milhões de euros. É esta a diferença entre os 126 milhões de euros destinados pelo PRR à construção de novos edifícios para residências estudantis e os 178 milhões que totalizavam os orçamentos dos 33 projetos validados. Uma segunda parcela, de 249 milhões de euros, é suficiente para cobrir os custos de todas as propostas de reabilitação de edifícios para acolher alunos do ensino superior.

Ainda que houvesse dez projetos que ultrapassassem o orçamento disponível, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, tutelado por Elvira Fortunato, optou por incluir todos dada a falta de oferta pública de alojamento para estudantes universitários. 

Em declarações ao Público, a ministra explicou que foi enviado um "pedido de reforço" de verbas aos colegas do Governo e que esse pedido tem estado a ser negociado com o primeiro-ministro, António Costa, e a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Em suma, ao todo são 119 os projetos de residências de estudantes com verbas garantidas, em 51 municípios. Destes, 23 são para a construção de edifícios de raiz, totalizando 9.356 novas camas. Ficando assim a falta 2.500 previstas nas dez iniciativas que aguardam um reforço de verbas para perfazer as tais 12.000 camas anunciadas em julho. 

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