Airbnb encerra o seu negócio na China

CNN , Akbarzai e Michelle Toh
24 mai 2022, 12:06
Airbnb China

A Airbnb vai encerrar o negócio de listas de aluguer de curta duração [a sua atividade principal] na China, depois de dois anos de confinamentos "sem fim à vista" no país, de acordo com uma fonte familiarizada com o processo.

A empresa de partilha de residências tomou a decisão depois de um declínio nos seus negócios na segunda maior economia do mundo, e das restrições “caras e complexas” de operação, que foram agravadas pelo impacto da pandemia covid-19, disse a mesma fonte à CNN esta segunda-feira.

A partir deste verão, a Airbnb retirará os seus anúncios e ofertas para experiências de hospedagem na China.

Segundo a mesma fonte, a Airbnb não interromperá totalmente as operações no país. A empresa continuará a ter um escritório em Pequim com centenas de funcionários que se concentrarão em viajantes que saiam da China e em projetos globais.

As multinacionais estão a sentir uma desaceleração na China, que continua a ser um dos últimos lugares do planeta a seguir uma política de "Covid zero". Nas últimas semanas, dezenas de cidades da China continental foram alvo de confinamentos, enquanto as autoridades trabalham para acabar com o coronavírus.

A abordagem afetou gravemente a economia e interrompeu quase todas as principais linhas de negócios, das grandes tecnológicas aos bens de consumo. Marcas internacionais, da Apple à Estee Lauder, alertaram para o impacto financeiro das restrições.

A Airbnb foi lançada na China em 2016. Como aconteceu para o resto do setor, as viagens de saída de clientes chineses – principalmente para outros destinos na região da Ásia-Pacífico – foram uma grande oportunidade de negócio para a empresa. A China é historicamente o maior mercado do mundo de turismo emissor, respondendo pelos maiores gastos globais de visitantes, de acordo com a Organização Mundial de Turismo. Mas, desde a pandemia, a China teve uma queda acentuada no fluxo de viagens e foi também fechada à maioria dos viajantes internacionais.

Segundo a mesma fonte, espera-se que o turismo de saída da China recupere assim que o país abra totalmente as suas fronteiras. Enquanto isso, os negócios domésticos da Airbnb, que acomodam cerca de 25 milhões de hóspedes desde 2016, representaram apenas 1% da receita da empresa nos últimos anos, acrescentou a fonte.

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