Rafa Lopes e Salvador Agra: amizade ligada pelo mar

20 ago 2014, 23:05
Rio Ave-Académica (José Coelho/LUSA)

Histórias comuns de dois jovens com raizes na faina

O eixo Vila do Conde-Caxinas-Póvoa, famoso pelas infindáveis gerações de futebolistas, propiciou uma amizade entre Rafa Lopes e Salvador Agra. Depois de se separem, em 2011, porque o primeiro foi para Setúbal e o segundo seguiu para Olhão, curiosamente também zonas piscatórias, reencontraram-se na época passada em Coimbra.

Voltaram a afastar-se esta temporada, já que o extremo teve de voltar para Braga, mas a ligação entre ambos continua forte. Em comum, além de outras coisas, têm essas raizes familares que os ligam à faina do mar.

«O meu avó, que faleceu o ano passado, foi pescador muitos anos. Sei de outros jogadores com amigos e família nesta atividade», revela, sem se conter quanto à dureza e, por vezes, também injustiça de um trabalho feito para homens de caráter férreo.

«Para a família, é difícil. Quando os maridos vão para o mar, ficam sempre com o coração nas mãos, e se surge uma notícia na televisão, então é que é muito complicado, mas tem de se fazer pela vida», lamenta, dando, justamente, o exemplo do amigo:

«Sei das histórias pelo Salvador. O pai dele vai para o mar, e sempre lhe disse para trabalhar porque ir para o mar é complicado. Estamos sujeito todos os dias a morrer, sempre que vamos para o mar é um perigo... Acho que isso também lhe deu muita força para estar onde ele está agora.»

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