João Almeida: «Estou a ficar melhor, não estou a 100 por cento»

11 set 2023, 17:59
João Almeida no Giro (Fabio Ferrari/LaPresse via AP)

Ciclista português enfrenta a última semana da Vuelta ainda a recuperar de uma doença que o afastou dos primeiros lugares da geral

Numa videoconferência promovida pela equipa UAE Emirates, o ciclista português João Almeida afirmou que ainda não está a 100 por cento, por ter estado doente, mas assegurou que vai dar o melhor na última semana da Volta a Espanha e acredita que o seu colega Juan Ayuso pode chegar ao pódio.

«[A segunda semana da Vuelta] não foi ideal. Fiz um bom ‘crono’ e, depois, fiquei doente. Acontece, às vezes. Estou a ficar melhor, não estou a 100 por cento, mas vamos ver como corre nos próximos dias», começou por dizer.

Na 13.ª etapa, que terminou no Tourmalet, João Almeida perdeu mais de 6 minutos para os primeiros, depois de ter perdido o contacto com o grupo de favoritos ainda no Aubisque. No entanto, o ciclista luso decidiu continuar e não desistir da Vuelta, acabando por ficar em 15.º após fazer um ‘contrarrelógio’ solitário na montanha, que culminou com uma queda na classificação, passando do sexto para o 10.º lugar na classificação.

«Acho que é a minha forma de correr. É a minha última corrida esta temporada. Trazia grandes ambições para esta corrida, sentia-me bem, estava tudo a correr bastante bem. E deitar tudo a perder também não é o meu estilo. Então, decidi continuar a sofrer o máximo que conseguia e ver como terminava. Claro que acabar em 10.º, oitavo, sétimo, o que quer que seja não é o meu objetivo, mas dei o meu melhor», disse.

Apesar de não estar no melhor estado físico, João Almeida promete dar o melhor na última semana da competição, adaptando-se à tática da equipa e aos movimentos dos adversários da Jumbo-Visma. «Tentei ir para a fuga ontem [domingo], mas a Jumbo não me deixou. Isso seria difícil de fazer [ir para a fuga]. Veremos como corre dia a dia, e havemos de encontrar um plano, eventualmente, mas não me parece que consiga entrar numa fuga», admitiu.

João Almeida acredita que a 17.ª etapa, com final no Angliru, poderá ser uma oportunidade para tentar a sua sorte, mas reconhece que a Jumbo-Visma está forte e que será uma luta difícil:

«Penso que eles estão a correr para o Kuss, porque penso que ele está a sentir-se realmente bem. Não me parece que se vão atacar entre si. Acho que, enquanto equipa, temos de tentar algo, porque eles parecem muito fortes. Não estamos aqui para acabar em quarto», defendeu.

João Almeida também vê potencial em Juan Ayuso para alcançar um lugar no pódio, ele que está em quarto lugar, a 02.37 minutos do terceiro classificado, o norte-americano Sepp Kuss.

«Temos de fazer a corrida dura para tentar que um deles tenha um dia mau, perca tempo. E, a partir daí, subimos automaticamente ao terceiro lugar, com o Juan. Obviamente, cada lugar que subimos torna-se mais difícil, mas acho que o terceiro lugar é bastante possível», atirou, acrescentando: «A única forma de podermos fazê-lo, é trabalharmos em conjunto como fizemos ontem. Vai ser difícil mas temos de tentar.»

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