Presidente do V. Guimarães explica Turra e fala das saídas de Moreno e de Pepa

9 set 2023, 13:47
Estrela Amadora-Vitória Guimarães (Lusa/António Pedro Santos)

Dirigente lembrou que esteve envolvido na contratação do treinador há mais de 20 anos quando este era jogador. «Decisão arriscada, mas fazia sentido», defendeu. Pepa queria jogadores mais velhos, mas o projeto tinha de passar pela formação: «Não temos dinheiro na conta»

O presidente do V. Guimarães explicou o que o levou a ir buscar um treinador ao Brasil para substituir Moreno, contrariando uma tendência que tem apontado mais para a ida de treinadores portugueses para o Brasil do que o contrário.

«O Paulo Turra é alguém que tem uma grande capacidade de liderança e é imune à pressão. Tem um currículo muito forte. Sendo alguém que há 20 anos foi responsável pela contratação dele como jogador, percebi que, obviamente, sendo uma decisão arriscada, fazia sentido», explicou António Miguel Cardoso durante a conferência Thinking Football, no Porto.

O dirigente assumiu ter ficado abalado com a decisão de Moreno em deixar o clube nas primeiras semanas da nova época. «É alguém que é um grande vitoriano, de quem gosto muito, fez um grande trabalho. Sendo de Guimarães, a pressão é muito maior. Valorizou muitos jogadores mas as competições europeias não correram bem. Foi um grande murro no estômago. O Moreno sentiu que tinha de sair, foi uma decisão dele. Entristeceu-me, mas tenho a certeza que vai fazer uma grande carreira», projetou.

Antes de Moreno, o Vitória foi orientado por Pepa, cujos motivos da saída foram outros, assegurou António Miguel Cardoso. «Temos de estar preparados para tudo o que possa acontecer. Quando entro no Vitória, de repente, temos uma responsabilidade muito grande. Temos um passivo de 50 milhões de euros, temos uma mensalidade à volta dos dois milhões e não temos dinheiro na conta. O que eu queria fazer era afastar os jogadores mais velhos e mais caros. O projeto era apostar na formação. E quando tenho treinadores que querem jogadores maturados, mais velhos... (...) Os caminhos não eram convergentes e, na altura, o Pepa saiu. O caso do Moreno foi diferente», esclareceu.

 

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