Família de criança alvo de sodomização em escola de Vimioso recebe apoio psicológico

Agência Lusa , PP
27 jan, 19:37

Informação foi avançada pela Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de Vimioso

A família do aluno de 11 anos sodomizado por oito colegas, com idades entre os 13 e os 16 anos, na escola de Vimioso, distrito de Bragança, está a receber apoio psicológico, indicou hoje a Associação de Pais.

Em comunicado, a presidente da Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de Vimioso diz que foi informada da situação pelo presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Vimioso, no final da tarde de segunda-feira, 22 de janeiro, três dias após o alegado episódio de sodomização, no qual terá também participado o irmão da vítima.

“Nesse sentido prestei todo o apoio possível à criança e à mãe, sendo que a família da vítima, neste momento, está a receber acompanhamento psicológico. Tenho conhecimento de que estão a decorrer processos disciplinares aos alunos agressores, estando o caso entregue também ao Ministério Público”, lê-se na nota assinada por Sofia Sardinha.

Contactado hoje pela agência Lusa, o presidente da CPCJ de Vimioso, António Santos, confirmou o apoio psicológico prestado à família da vítima, revelando que, na terça-feira, 30 de janeiro, a criança tem marcada uma consulta de pedopsiquiatria e que também terá o acompanhamento psicológico devido.

O presidente da CPCJ Vimioso já tinha dito anteriormente à Lusa que apenas tomou conhecimento da alegada agressão sexual pelas 16:35 de segunda-feira, através da mãe da criança, quando o mesmo aconteceu três dias antes, na sexta-feira, 19 de janeiro.

Várias fontes ouvidas pela Lusa confirmaram que o episódio de sodomização ocorreu cerca das 12:30 de sexta-feira, 19 de janeiro, no interior do estabelecimento de ensino, “com recurso a uma vassoura” e na presença de uma funcionária, pelo menos, que “nada fez” para travar os supostos agressores, informação que também consta de uma exposição da Junta de Freguesia de Vimioso, enviada anteriormente à Lusa.

Segundo estas fontes, policiais e locais, dois dos agressores têm 16 anos - já podem responder criminalmente - e um deles é irmão da vítima, tendo completado 16 anos no dia da suposta agressão sexual.

Os restantes alunos alegadamente envolvidos na ocorrência têm entre 13 e 15 anos.

A alegada agressão sexual aconteceu na sexta-feira, 19 de janeiro, mas só três dias depois, na segunda-feira, 22 de janeiro, é que a GNR foi informada da ocorrência.

Apenas nesse dia o aluno foi levado ao Centro de Saúde de Vimioso e depois ao Hospital de Bragança, com arranhões e queixas.

Na terça-feira, 23 de janeiro, estiveram no local inspetores da Polícia Judiciária e, na quarta-feira, a vítima foi encaminhada para o Instituto de Medicina Legal, no Porto, para realização de perícias, ou seja, cinco dias depois do alegado episódio de sodomização.

Em resposta enviada na sexta-feira à Lusa, o Ministério da Educação (ME) diz que o Agrupamento de Escolas de Vimioso, ao tomar conhecimento do sucedido, procedeu à “instauração de 10 processos disciplinares a alunos que terão estado envolvidos no caso do aluno que terá sofrido a alegada agressão”.

Para terça-feira estão marcadas reuniões, em separado, entre a CPCJ de Vimioso com a mãe da vítima e com os pais dos alunos envolvidos na alegada agressão.

A Lusa questionou o Agrupamento de Escolas de Vimioso, continuando a aguardar resposta, e tem tentado contactar, por várias vezes, a diretora Ana Paula Falcão, que até ao momento também não atendeu as chamadas.

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