“No passado, a Rússia já usou o inverno como arma a seu favor para ganhar conflitos. E desta vez não é diferente”

6 nov 2022, 10:14

Diana Soller, comentadora CNN Portugal, considera que “era previsível” que a Rússia começasse a centrar os seus ataques nas estruturas energéticas. A especialista diz que era expectável que a estratégia da Rússia passasse, nesta fase da guerra, por dois eixos, sendo o primeiro “os bombardeamentos constantes, que cansam a população e a deixam em alerta”, e o segundo a vontade de “acabar com a possibilidade de os ucranianos se aquecerem durante o inverno, o que torna tudo muito complicado”.

“Estamos a começar a chegar a temperaturas muito baixas. Sem capacidade de se aquecerem e cozinharem, os ucranianos ficam numa posição muito complicada, o que coloca em risco a vida de muita gente”, diz.

Sérgio Furtado, enviado da CNN Portugal à Ucrânia, revela que há pessoas que saem de casa por sentirem mais frio no interior das suas habitações. Apesar de ainda não ter entrado no inverno, há regiões que já registam temperaturas negativas.

O próprio governo ucraniano, continua Sérgio Furtado, já tinha acusado a Rússia de querer matar os cidadãos ucranianos com frio, tendo mesmo o presidente Zelensky usado a palavra genocídio.

A especialista Diana Soller alerta ainda para o facto de esta estratégia russa não ser nova. “No passado, a Rússia já usou o inverno como arma a seu favor para ganhar conflitos. E desta vez  não é diferente”.

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