“A reforma do Conselho de Segurança é absolutamente essencial”
Victor Ângelo, ex-secretário-geral adjunto das Nações Unidas, organismo onde passou 32 anos, publicou recentemente o livro Vivências e Reflexões Geopolíticas: Para Onde Vamos?, obra onde aborda o papel da ONU nos conflitos, sobretudo o da Serra Leoa, no qual Victor Ângelo esteve presente.
“O livro chama-se vivências, porque eu vivi muitas coisas, e aproveito essas vivências para refletir sobre a realidade quotidiana, e é isso o que eu faço”, explica.
Sobre o Conselho de Segurança, Victor Ângelo defende que a “reforma” é “absolutamente essencial”. “Tem de se fazer, já se fala dessa reforma desde o fim da Guerra Fria, ou seja, há mais de 30 anos”.
“Nos anos 90 pensou-se que seria possível fazer essa reforma e trazer para o Conselho de Segurança países como o Brasil, a China ou a Índia, mas a verdade é que a reforma do Conselho de Segurança não tem avançado”, diz, explicando que há “membros permanentes” que se “opõem a determinadas entradas”.