Universidade de Évora submete proposta do curso de Medicina para acreditação

Agência Lusa , DCT
4 abr, 14:24
Universidade - aula (arquivo)

No passado dia 15 de março, a Universidade de Évora anunciou a assinatura de parcerias com oito unidades locais de saúde (ULS) no âmbito da estruturação deste possível curso de Medicina.

A Universidade de Évora (UÉ) já submeteu a proposta de Mestrado Integrado em Medicina à Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) e a reitora da academia manifestou-se esta quinta-feira confiante na aprovação do curso.

“Claro que estou confiante. Estou confiante na qualidade da proposta”, afirmou à agência Lusa a reitora da Universidade de Évora, Hermínia Vasconcelos Vilar.

A proposta de criação do Mestrado Integrado em Medicina foi entregue pela universidade alentejana à A3ES em março e, agora, segue-se “o processo normal de avaliação e acreditação”, explicou a responsável da academia.

Esta “foi a primeira fase que ultrapassámos” e “coincide com a pretensão” da Universidade de Évora de “vir a ter Medicina” entre as formações que disponibiliza “num futuro próximo”, afirmou.

Questionada pela Lusa sobre quando espera que haja uma decisão da agência de acreditação em relação ao curso, que engloba licenciatura e mestrado em Medicina, a reitora da UÉ escusou-se a apontar prazos.

“Não faço nenhuma antecipação. Agora, é um processo obviamente que implica avaliação externa e que demora o seu tempo”, com a proposta a ser analisada por um painel de avaliação e a ser submetida a outras fases, antes da decisão final da A3ES, frisou.

No passado dia 15 de março, a Universidade de Évora anunciou a assinatura de parcerias com oito unidades locais de saúde (ULS) no âmbito da estruturação deste possível curso de Medicina.

Os memorandos de entendimento foram firmados com as quatro ULS alentejanas (Alentejo Central, Baixo Alentejo, Litoral Alentejano e Alto Alentejo), a do Arco Ribeirinho (que engloba os concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete), de Almada-Seixal, a da Arrábida e a da Lezíria.

Os acordos estabelecem as bases para atividades de ensino, formação e intercâmbio de docentes e médicos e, na altura, em comunicado, a academia disse tratar-se de um “passo importante no processo de construção” do Mestrado Integrado em Medicina.

Nas declarações feitas hoje à Lusa, a reitora da universidade alentejana voltou a aludir à importância destas parcerias e à inovação presente na proposta de mestrado integrado submetida pela universidade.

“O que nós propomos é um curso inovador em termos do seu plano de estudos e das perspetivas que abre em termos de formação”, pois “é atento ao que são os desafios que se colocam na medicina já no presente e que, no fundo, se irão colocar cada vez mais no futuro”, argumentou.

A formação procura responder a desafios como “a presença da inteligência artificial e de novos meios de diagnóstico”, exemplificou, destacando ainda que a proposta da UÉ está assente “num corpo docente muito diversificado”.

“A nosso ver, e na opinião também do grupo que esteve na base da sua formulação [da proposta], tem um plano de estudos inovador em termos exatamente de cruzamento das áreas e de possibilitar aos futuros médicos uma formação atual, mas, ao mesmo tempo, muito transversal”, resumiu.

A criação de um curso de Medicina em Évora é uma pretensão da universidade e em torno da qual está unido o “próprio território”, lembrou Hermínia Vasconcelos Vilar, frisando que esta formação, a receber ‘luz verde’, também “procura responder a problemas nacionais”, como é o caso da questão da “falta de médicos”.

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