A ação norte-americana é classificada por Pyongyang tão "surpreendente quanto selvagem"
A diplomacia norte-coreana defendeu este domingo os interesses da Rússia na crise da Ucrânia, acusando os Estados Unidos e a NATO, que descreveu como um produto da Guerra Fria, de representarem, uma ameaça à segurança na região.
"É um facto bem conhecido que a ameaça militar dos Estados Unidos a Moscovo está a aumentar gradualmente devido à implantação de sistemas de defesa antimísseis na Europa Oriental, o fortalecimento da presença militar da NATO nas regiões fronteiriças com a Rússia e a expansão contínua da NATO para o leste após o colapso da União Soviética", de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano.
Na nota, divulgada na página do ministério na Internet, Pyongyang lamenta os "persistentes rumores lançados pelos Estados Unidos sobre uma 'invasão russa da Ucrânia' como pretexto para "enviar milhares de tropas para a Europa Oriental" e "aumentar o grau de tensão em torno da Ucrânia".
A ação norte-americana é classificada por Pyongyang tão "surpreendente quanto selvagem".
Da mesma forma, o ministério denuncia que a NATO não passa de "um produto da Guerra Fria, impulsionada pela agressão e pelo desejo de dominar".
Pyongyang destaca que as tentativas de "pressionar Moscovo" apenas provocarão "uma reação mais forte da Rússia" que, assinala, está "pronta para lutar pela sua segurança".