Naufrágio que matou homem e criança em Troia tem dois inquéritos a decorrer em simultâneo

8 abr, 19:15
Naufrágio em Tróia (Direitos Reservados)

Falta ainda encontrar dois tripulantes

Foram instaurados dois inquéritos paralelos ao naufrágio que ocorreu este fim de semana ao largo de Troia, e que vitimou pelo menos duas pessoas, um adulto e uma criança de 11 anos. Estão ainda desaparecidas outras duas pessoas, dois adultos, um deles o pai da criança.

O capitão do porto de Setúbal, Serrano Augusto, confirmou que decorre um inquérito criminal no Ministério Público, enquanto que, em paralelo, o próprio porto da cidade tenta apurar as causas do acidente, através de um inquérito de acidente marítimo. "Há um inquérito de acidente marítimo que corre nas competências do capitão do Porto para avaliar as condições em que o acidente ocorreu, o que terá acontecido", explica Serrano Augusto.

O processo marítimo pode resultar, como explica o capitão do porto de Setúbal, "numa contraordenação se houver alguma infração ao edital da capitania ou à lei geral". Serrano Augusto adiantou ainda que o único sobrevivente até ao momento, o timoneiro, dispõe dos documentos necessários para navegar nas águas daquela área.

Das cinco pessoas que seguiam no barco, todas do sexo masculino, duas continuam desaparecidas, duas foram encontradas sem vida e uma sobreviveu, o proprietário e timoneiro da embarcação, de 62 anos.

O naufrágio da embarcação terá acontecido por volta das 07:00 de domingo, mas a Polícia Marítima só recebeu o alerta às 10:05.

No domingo, o capitão do Porto de Setúbal, Serrano Augusto, que também é comandante-local da Polícia Marítima, explicou, que o proprietário da embarcação – até agora o único sobrevivente - terá sido surpreendido por um golpe de mar que, apesar das manobras efetuadas, se virou e afundou.

A bordo seguiam dois irmãos, de 24 e 33 anos, sendo um deles uma das vítimas mortais cujo corpo já foi encontrado, um homem com cerca de 40 anos e o seu filho, com 11, que também foi resgatado sem vida.

Segundo o capitão do Porto de Setúbal, “são todos da zona de Grândola, moram na mesma rua” e iam à pesca de choco, mas apenas a criança tinha colete.

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