Amazon multada em 32 milhões de euros por controlo "excessivamente intrusivo" dos funcionários

TVI , MSM
23 jan, 14:20
Amazon

O caso foi detetado em armazéns da empresa em França

A Amazon foi multada em 32 milhões de euros em França por ter montado "um sistema excessivamente intrusivo de monitorização da atividade e desempenho dos funcionários" que trabalham nos seus armazéns.

Alguns dos métodos usados pela empresa foram considerados ilegais pela Comissão Nacional de Informática e Liberdades (CNIL), que condenou a Amazon a 27 de dezembro mas que só agora divulgou a decisão.

Segundo este organismo, a Amazon registava os períodos de inatividade ou quanto tempo um funcionário demorava a começar a trabalhar desde que entrava ao serviço, através da digitalização dos produtos - dados registados através dos scanners portáteis usados pelos empregados.

A forma precisa como cada movimento dos trabalhadores era registada fazia com que estes tivessem de "potencialmente justificar cada pausa ou interrupção" que faziam. Além disso, a CNIL considerou ainda excessivo que a empresa conservasse os dados "durante 31 dias".

A entidade que regula a proteção de dados em França abriu um inquérito em 2019 na sequência de queixas de empregados e também alguns trabalhos jornalísticos sobre as condições laborais oferecidas pelas empresa.

"Discordamos veemente das conclusões da CNIL, que são factualmente incorretas, e reservamo-nos ao direito de recorrer", apontou a Amazon, através de comunicado, justificando que "a utilização de sistemas de gestão de armazéns é uma prática comum no setor: são necessários para garantir a segurança, qualidade e eficiência das operações e garantir o acompanhamento dos stocks e o processamento das embalagens no prazo e de acordo com as expectativas do cliente".

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