Taça: Lusitânia-Benfica, 1-4 (destaques)

20 out 2023, 19:24
Lusitânia-Benfica (Eduardo Costa/Lusa)

Comandante Francisco aponta o caminho no meio do dilúvio

A FIGURA: Chiquinho

Fez dupla com João Neves no meio-campo e cumpriu os 90 minutos de forma sólida. Numa tarde de estreias a marcar (Arthur Cabral e Tiago Gouveia em absoluto e João Mário nesta época, acabou por ser o jogador mais decisivo das águias, assistindo Rafa para o 2-0 do Benfica e lançando o terceiro, de Arthur Cabral, com uma recuperação no meio-campo ofensivo.

O MOMENTO: golo de João Mário. MINUTO 9

Se há competição repleta de surpresas em Portugal, essa competição é a Taça. Uma entrada forte do Benfica no jogo seria importante para evitar que um adversário claramente inferior crescesse em confiança e instalasse a dúvida em quem tinha mais a perder do que propriamente a ganhar. O belo golo de João Mário ainda antes do décimo minuto de jogo facilitou a tarefa do conjunto de Roger Schmidt, que geriu a incidências sem grandes sobressaltos, apesar da boa réplica do conjunto açoriano.

OUTROS DESTAQUES

Aursnes: praticamente sem trabalho no plano defensivo, foi mais um médio-ala do que propriamente um lateral. Assistiu João Mário para o 1-0 aos 9 minutos e pouco depois tirou outro cruzamento perfeito para Tengstedt, que não conseguiu dobrar a vantagem das águias. Protagonizou boas ações de desequilíbrio pelo corredor. Acabou por cometer um erro perfeitamente evitável na jogada que originou o penálti para o Lusitânia. Uma pequena mancha em mais uma boa exibição do faz-tudo da equipa de Schmidt.

João Neves: Roger Schmidt já disse que o jovem médio adora jogador futebol. E isso viu-se nesta sexta-feira: debaixo de uma intempérie e num jogo teoricamente fácil e que representa, para muitos jogadores, um desafio motivacional, tal é o abismo entre as forças em confronto. Manteve a seriedade habitual, disputando todos os lances como se estivesse num jogo de Champions.

Gonçalo Guedes: já tinha regressado à competição antes da pausa para as seleções, com alguns minutos somados na Amoreira diante do Estoril, e nesta sexta-feira fez toda a segunda parte. Ainda com 2-1 no marcador, esteve perto de marcar. Ainda introduziu a bola duas vezes na baliza do Lusitânia - numa, o golo foi anulado por fora de jogo anterior, na outra fez falta sobre um defesa - e assistiu Arthur Cabral para a estreia do brasileiro a marcar pelos encarnados. Mais do que ter estado a um bom nível - que esteve! - mostrou boa disponibilidade física e ausência do fator medo.

Arthur Cabral: voltou à titularidade no Benfica e não esteve particularmente feliz até aos 68 minutos, quando se estreou a marcar pelos encarnados. O tempo dirá se o golo permitiu que se libertasse de uma pressão que foi crescendo desde o dia em que foi contratado por 20 milhões de euros, mas aquele que é, por vezes, o passo mais difícil de dar, foi dado.

Gonçalo Cabral: sofreu o penálti que Enzo Ferrara converteu de forma exemplar e foi responsável pelos primeiros bons momentos do conjunto da Ilha Terceira no jogo junto à baliza de Samuel Soares, obrigando, num deles, Samuel Soares a aplicar-se. Bom pé esquerdo.

Diogo Sá: numa tarde chuvosa e, por isso, com condições particularmente difíceis para os guarda-redes, exibiu-se a um bom nível. Dificilmente poderia ter feito mais nos golos sofridos e ainda arrancou um par de boas defesas.

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