Taça: União de Leiria-Sporting, 0-3 (crónica)

7 fev, 23:02

Rei leão reclama o castelo

Duas semanas depois de ali ter caído diante do Sp. Braga na Taça da Liga, o Sporting voltou a Leiria para reclamar, sob o castelo, um lugar nas meias-finais da prova rainha. Diante de uma União de Leiria corajosa, mas com armas muito inferiores, o leão foi soberano.

Ruben Amorim fez três alterações na equipa que alinhara de início no último jogo, nove dias antes em Alvalade frente ao Casa Pia (8-0), com Adán, Gonçalo Inácio e Ricardo Esgaio a serem rendidos por Franco Israel, Matheus Reis e Geny Catamo.

Do meio-campo para a frente, o treinador do Sporting não mexeu nas peças. Talvez por ser importante manter a máquina ofensiva oleada da equipa, mas também porque a formação leiriense foi aquilo que Amorim antecipara que podia ser: uma equipa problemática, não obstante a vitória mais uma vitória cristalina dos leões.

Como era expectável, o Sporting entrou no jogo a mandar na bola e aos 5 minutos Gyökeres acertou no poste. Compenetrada defensivamente, a União de Leiria resistiu, mas não se limitou a fechar os caminhos da baliza de Kieszek: foi também destemida nas saídas para o ataque e combativa a cada bola parada ofensiva.

Ao fim e ao cabo, já o tinha dito Vasco Botelho da Costa, eram 11 contra 11, uma bola e um árbitro. Tudo igual por aí, mas do outro havia 11 jogadores mais valiosos e, entre eles, um sueco igual a ele próprio: forte com os fortes e também com os menos fortes, com esta União de Leiria.

Viktor Gyökeres inaugurou o marcador aos 32 minutos, instantes depois de o árbitro Tiago Martins ter revertido um penálti a favor do Sporting que o avançado dos leões se preparava para cobrar.

Com a resistência do castelo leiriense finalmente quebrada, o conjunto de Ruben Amorim arrancou para um resto de noite tendencialmente tranquila. Com um ou outro percalço, é certo, mas nunca com a vitória em risco.

E pouco depois Pote fez o 2-0 servido por Gyökeres e depois de mais uma boa ação de Nuno Santos, que antes estivera na assistência para o primeiro golo.

Brava e com Kieszek em grande plano, a equipa leiriense teve 15 ótimos minutos após o início da segunda parte. Se na primeira parte a inteligência de Hjulmand, a irreverência de Geny Catamo, o pé esquerdo de Nuno Santos e a potência de um serial killer fizeram a diferença, naquele regresso dos balneários Jordan van der Gaag, Lucho Veja e Jair Silva mostraram que também na II Liga há equipas com boas ideias e jogadores capazes de chegar a outros patamares.

O golo que relançaria a equipa do Lis no jogo não surgiu e com o avançar do relógio esmoreceu também a reação dela.

Aos 74 minutos, Gyökeres bisou no segundo de três golos do Sporting de bola parada num jogo em que a lei do mais forte prevaleceu e acabou com os leões nas meias-finais da Taça de Portugal.

Naturalmente.

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