Taça: Mafra-FC Porto, 0-3 (crónica)

David Marques , Estádio Municipal de Mafra
8 nov 2022, 22:56
Mafra-FC Porto (ANTONIO COTRIM/LUSA)

Real controlo

Um FC Porto sério e trabalhador e sem a mania das grandezas não facilitou em Mafra e continua a ser dono da Rainha, que conquistou com Real mérito na época passada.

Três dias depois do jogo com o Paços de Ferreira e a quatro do vital dérbi da Invicta com o Boavista, Sérgio Conceição poupou quase meia-equipa, mas arrancou ainda assim uma vitória incontestável.

O desequilíbrio de forças foi evidente desde o primeiro minuto mas, sabe-se, a Taça é terreno fértil de surpresas. Por vezes ilógica, até.

E daí a importância da entrada impositiva no jogo dos azuis e brancos, que aos 7 minutos adiantaram-se no marcador por Iván Marcano.

Momentaneamente saciado com o golo que procurou avidamente desde o apito inicial, o FC Porto abrandou o ritmo e permitiu que o Mafra, pelo menos, sonhasse. A equipa de Ricardo Sousa foi estoica, recusou jogar com linhas baixas, mas cedo se percebeu que o desfecho que se registou era inevitável.

Sempre que o Mafra tentava, o FC Porto respondia com o dobro da força. Pela velocidade de Galeno, pela dinâmica de um todo e pela agressividade positiva de Otávio.

E por Stephen Eustáquio, que foi o elemento em grande evidência nos azuis e brancos nos 45 minutos iniciais. Além de ter assistido para o 1-0, apontou o segundo aos 38m a passe de Otávio, o espelho em campo da intensidade e do rigor máximo de Sérgio Conceição exige de fora, mas que aqui e ali falhou.

Foi num desses percalços que o Mafra quase conseguiu a proeza de voltar a sonhar com Taça quando, pouco antes da hora de jogo, Diogo Almeida não aproveitou um deslize de Eustáquio para bater Cláudio Ramos.

Um pequeno iato na superioridade portista, que não só se manteve evidente como se acentuou a seguir, já com novas unidades em campo. Renan negou o bis Marcano, mas pouco depois nada pôde fazer para travar uma recarga de Galeno a um remate ao ferro do recém-entrado Toni Martínez.

O 3-0 final foi visto por Sérgio Conceição já mais longe do relvado. O técnico do FC Porto foi expulso pelo árbitro Hélder Malheiro depois de uma ação descontrolada numa noite de Real controlo e na qual o dragão foi Rei e Senhor.

Veja o resumo do jogo:

Relacionados

Patrocinados