Vasco Seabra: «Hoje sangramos, lambemos as feridas e voltamos a unir-nos»

27 jan, 23:59
Vasco Seabra em conferência de imprensa (RODRIGO ANTUNES/LUSA)

Técnico do Estoril confessou estar triste com a derrota, mas continua a acreditar no grupo

O treinador do Estoril, Vasco Seabra, em declarações na conferência de imprensa após a derrota frente ao Sp. Braga, nos penáltis, na final da Taça da Liga:

[O que sente neste momento?] «Começando pelo sentimento… é triste porque não vencemos, mas é um orgulho gigante dos jogadores, muitos deles de 19, 20, 21 anos, homens muito grandes com um percurso de competição incrível. Terminamos a prova sem derrotas e fomos eliminados no quinto penálti do jogo da final. Muito orgulho dos jogadores e dos adeptos, uma festa fantástica. Naturalmente triste pelo resultado, mas com energia muito grande para regressarmos e nos focarmos na competição seguinte».

[Análise ao jogo] «Foi uma entrada muito boa da nossa parte. A seguir o Sp. Braga carregou muito. Penso que nos defendemos maioritariamente bem, mas faltava alguma pressão à bola. Não conseguimos competir tanto para chegar ao último terço, principalmente na primeira parte. Na segunda parte a equipa já teve capacidade para ter a bola, pressionar e sair em transições. Tivemos dificuldade em lidar com marcações individuais e cerradas a jogadores nossos. Foi um jogo dividido, sem grandes oportunidades para cada lado. O Sp. Braga é uma equipa muito poderosa, mas penso que conseguimos retirar algumas referências e criar várias situações de perigo».

[Que impacto pode ter esta derrota para os jogadores] «Sinto que é um desafio para nós fantástico. Costumamos dizer que temos 24h para sofrer ou festejar, mas desta vez não vai dar, porque amanhã às 12h temos estar no clube para almoçar e preparar treino e dimensionarmo-nos para a competição a seguir. A grande vantagem deste grupo é a energia que tem e apesar de estar a ser um mês de janeiro altamente preenchido, também por mérito dos jogadores, este desgaste ajuda-os a levantarem-se e sentirem que cada jogo em que entramos é uma oportunidade que temos para mostrar o nosso valor individualmente e coletivamente. Queremos mostrar no campeonato aquilo que somos e valemos, esperando que se traduza em resultados e que nos possa dimensionar para lugares mais altos na competição».

[O facto de eliminar o Benfica e o FC Porto, o Estoril não seria o justo vencedor?] «Eu acho que éramos os justos vencedores. Naturalmente puxando a brasa à minha sardinha, acredito que o Arthur não vai achar piada a essa parte. Viemos desde a primeira fase da Taça da Liga e é a primeira vez que na competição uma equipa inicia e chega à final. Tivemos zero derrotas e chegámos à final, apenas para sermos eliminados nos penáltis… vencer era só a cereja no topo do bolo que faltava».

[Como vai gerir o balneário depois desta derrota?] - «A nossa forma de ser com os jogadores é estarmos aqui para os servir. Eles sabem olhamos para eles e percebem que a nossa confiança é absoluta. Também sentem que nós temos a oportunidade de cada jogo que fazemos, nos levantarmos e lutarmos. Viver na Primeira Liga e disputar competições é só para as melhores equipas e para os 18 melhores plantéis. Temos de ver isto como uma oportunidade. Levamos um soco e levantamo-nos, mas também levámos esse soco porque nos predispomos para competir e lutar, para irmos para o ringue e debatermo-nos com quem aparecer. Hoje sangramos um bocado, lambemos as nossas feridas e agora voltamos a unir-nos porque temos muito para fazer e para conquistar».

Por fim, o técnico do Estoril deu ênfase à presença dos adeptos, destacando a «mancha amarela incrível» no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, o que é «representativo que o Estoril está a crescer».

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