Foram encontrados vestígios de explosivos: Suécia confirma que gasoduto Nord Stream foi alvo de "sabotagem grosseira"

18 nov 2022, 09:10
Mancha provocada pela fuga de gás no Nord Stream (Forças Armadas da Dinamarca)

Foram ainda encontrados "vários estranhos estranhos"

O gasoduto Nord Stream foi alvo de "sabotagem grosseira". A confirmação foi feita esta sexta-feira pelo procurador sueco Mats Ljungqvist, que lidera a investigação e que avançou que foram encontrados vestígios de explosivos nas tubagens do gasoduto.

Em comunicado, divulgado na página da procuradoria, Mats Ljungqvist avança que durante as investigações realizadas "foram feitas extensas apreensões e a área foi cuidadosamente documentada".

"A análise agora realizada mostra vestígios de explosivos em vários dos objetos estranhos encontrados. O trabalho de análise avançada continua para poder tirar conclusões mais sustentadas sobre o incidente", adianta o procurador.

Ljungqvist afirma ainda que "a investigação preliminar é muito complexa e abrangente” e que o trabalho continua, uma vez que ainda não foram encontrados suspeitos da sabotagem.

Sem adiantar mais pormenores da operação, o procurador elogia a colaboração com as várias autoridades envolvidas na investigação e lembra que "é importante que o trabalho seja feito em paz e sossego".

A série de explosões ocorridas em setembro, atribuídas a atos de sabotagem, deixaram inutilizáveis os dois tubos do gasoduto Nord Stream 1 e um dos tubos do Nord Stream 2. 

O Nord Stream 1, que tinha entrado em funcionamento em 2011, ficou inoperável. O segundo gasoduto, cuja construção tinha começado em 2011, não chegou a entrar em serviço.

Em outubro, fontes do Governo alemão admitiram que os tubos do gasoduto Nord Stream 2 ficaram inutilizáveis após as explosões ocorridas em setembro e lembravam que a instalação nunca obteve autorização para funcionar, uma vez que o processo de autorização da licença do Nord Stream 2 foi "suspensa" no passado mês de fevereiro na sequência da nova agressão da Rússia contra a Ucrânia.   

Europa

Mais Europa

Patrocinados