«O terceiro equipamento foi o mais vendido da história do Sporting»

8 set 2023, 15:38
Terceiro equipamento do Sporting para 2023/24

O presidente do Sporting explicou o valor gasto nas contratações de Gyokeres e Hjulmand, reiterou a necessidade de vender e justificou a utilização da imagem de Cristiano Ronaldo

No dia em que comemora cinco anos como presidente do Sporting, Frederico Varandas realçou o recém-anunciado saldo positivo de 25,2 milhões de euros do Relatório e Contas de 2022/2023.

«Tivemos um resultado líquido na ordem dos 25 milhões positivos. Voltámos a ter, passados seis anos, capitais próprios positivos. Dentro deste exercício, reforçámos a posição do clube no capital da SAD de 64 para 84 milhões de euros e conseguimos bater todos os recordes de negócio da empresa. […] Tudo isto serve para depois termos mais capacidade na vertente desportiva e depois os adeptos ficarem um pouco menos chateados quando tivermos de vender os jogadores», começou por dizer, citado pela Lusa, em entrevista na cimeira Thinking Football Summit.

Na última janela de transferências os leões fizeram duas das contratações mais caras da sua história: Viktor Gyokeres e Morten Hjulmand. O dirigente leonino recusou a ideia de que o maior investimento no mercado com a má época 2022/23, mas sim maior capacidade financeira.

«No mercado de 2020/2021, quando fomos campeões, fomos buscar Nuno Santos, Pote, Feddal, Adán e tomámos a decisão de fazer regressar o Palhinha. Não houve um único negócio que não tenha dado certo, o que mudou é que, na altura, tínhamos capacidade para investir seis, três milhões de euros e agora, devido ao caminho percorrido, hoje fazemos investimentos de 20, 18, 10 milhões de euros, sempre com a mesma racionalidade, sem nunca pôr em causa o crescimento e a sobrevivência do Sporting», argumentou.

Apesar de reconhecer que não gosta de vender jogadores, Frederico Varandas defendeu que essa é a realidade dos clubes nacionais, visto que «não têm receitas operacionais próximas das conseguidas pelos rivais nas competições europeias».

«Ninguém gosta de ter de vender um jogador, mas o nosso objetivo é potenciar e, se tivermos de o vender, valorizá-lo. Hoje uma grande mais-valia que nós temos é que o ‘produto Sporting’ é altamente reconhecido na Europa. O Bruno Fernandes saiu e correu bem, o Palhinha, o Nuno Mendes, o Porro, o Ugarte... Sair é inevitável, o que temos de evitar é perder certos jogadores a custo zero. Isso temos de evitar a todo o custo e preocupa-nos muito», explicou.

O presidente do Sporting explicou a utilização da imagem de Cristiano Ronaldo para o «naming» da academia e mais recentemente, do terceiro equipamento, «o mais vendido da história» do clube.

«Ronaldo é indiscutivelmente o melhor jogador português da história e, se calhar, o melhor de todos os tempos. O que eu quero de um miúdo, quando entra naquele portão, é que acredite que um dia pode ser o Cristiano Ronaldo. É justo para o Ronaldo, mas também justo para o Sporting, podermos mostrar que o melhor jogador português de todos os tempos foi formado ali. Não vamos ser burros, nem cegos, seria um erro não aproveitar aquilo que de melhor produzimos até hoje. As camisolas são um exemplo disto, daqui a pouco tempo daremos números daquilo que foi essa jogada comercial, mas posso adiantar que o terceiro equipamento foi o mais vendido na história do Sporting», sustentou.

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