Treinador fala na rotação que fez na equipa para a Liga Europa, mas recusa falar em «poupanças»
Ruben Amorim rodou a equipa no jogo da Liga Europa frente ao Sturm Graz, deixando no banco vários dos habituais titulares na Liga. Uma opção que pode vir a ajudar o Sporting quando o calendário começar a apertar, mas a prioridade dos leões, em caso de dúvida, será sempre o campeonato.
«Pode ajudar nestas fases e em todas as fases, mesmo com um jogo por semana, porque aumenta a qualidade do treino, toda a gente sabe que pode sair ou entrar na equipa. Isso faz toda a diferença. Faltou-nos um pouquinho isso o ano passado, tivemos noção disso. Temos mais um ano de trabalho», começou por referir na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Rio Ave.
Essencial foi manter a base da equipa e acrescentar-lhe qualidade com Gyökeres, Hjulmand e Fresneda. «Juntámos três jogadores ao plantel, da base perdemos o Ugarte. Houve outros jogadores que saíram para isso mesmo, para criarmos uma dinâmica diferente, portanto é óbvio que isso nos ajuda. Não só agora, que não faz tanto a diferença porque eles todos treinam a pensar no onze, mas no futuro. Portanto, começamos já de início a ter essa ideia para que eles mantenham o nível, senão estará outro para jogar», prosseguiu.
A verdade é que o Sporting, quarto classificado da última temporada, é, nesta altura, uma das equipas mais consistentes da Liga. «Não sei, não tenho visto os rivais. Vi o Sp. Braga porque jogámos há pouco tempo contra eles. Em relação ao quarto lugar, cada jogo tem a sua história, cada campeonato tem a sua história. Nós mantivemos a base, começamos bem, foi importante ganhar o jogo com o Vizela naquele sufoco. Depois, uma equipa ganhando os primeiros jogos, consegue criar uma dinâmica diferente, os adeptos ficam mais confiantes, levam a equipa atrás. Tudo se junta e o que nós fizemos foi fazer um reset do campeonato passado, como fizemos quando fomos campeões», comentou.
O Sporting evoluiu em relação à temporada anterior, mas o treinador não vê qualquer contradição entre as duas temporadas. «Penso que não é uma contradição, fizemos um campeonato, limpámos, fizemos a pré-época, fizemos as coisas com mais calma, preparámos bem. Entrámos bem, conseguimos vencer o primeiro jogo e a partir daí criámos uma boa dinâmica que nos ajuda a estar neste bom momento. Isto pode mudar de um momento para o outro, é ter atenção a isso. Cada campeonato tem a sua história e estamos a construir a história deste campeonato», acrescentou.
Quanto ao perigo do aumento de lesões no plantel, face ao aumento do número de jogos, com as competições europeias, Amorim diz que não pretende fazer qualquer tipo de gestão nesse sentido. «Não vou precaver nada, vamos fazer uma avaliação jogo a jogo, uma avaliação física e tática, olhando para o adversário, e vamos fazendo essa gestão. Amanhã vamos ver os jogadores que estiverem em melhor condição e os que tiverem as melhores características vão a jogo», destacou.
Em caso de dúvida, o treinador garante que o campeonato será sempre a prioridade. «É a única maneira de fazer essa gestão, não fazemos poupança, muito menos para o campeonato onde, em caso de dúvida, será sempre a nossa prioridade, sabendo que vamos jogar todos os jogos para vencer, seja em que competição for. Na minha cabeça nunca há essa gestão, há uma gestão sim de haver muitos bons jogadores, com características diferentes e a partir daí facilita-me a tarefa, se estão bem fisicamente ou não», referiu ainda.