Martínez confiante no Euro: «É muito importante não enlouquecer»

2 dez 2023, 12:20
Roberto Martínez (Lusa/Miguel A. Lopes)

Selecionador elogia o jogador português, que mistura cultura tática, competitividade e aquele orgulho de jogar na Seleção típico dos sul-americanos

Depois de um apuramento perfeito, com dez vitórias em dez jogos, a Seleção Nacional prepara-se agora para a fase final do Euro 2024, e com os olhos do mundo naturalmente em cima dela. Roberto Martínez não tem receio disso, como garantiu em entrevista à Marca.

«No futebol é muito importante não enlouquecer e saber chegar à melhor versão. Ninguém sabe como ganhar um Europeu ou um Mundial. O que temos de saber é como tentar vencer o primeiro jogo, depois o segundo, depois o terceiro e depois saber esperar o inesperado, poder enfrentar as adversidades com visão de grupo, aproveitar a experiência dos jogadores de futebol. Tudo isto é um processo que tenho vindo a crescer muito na nossa equipa, mas ainda temos um longo caminho a percorrer», respondeu. 

«Nunca estivemos em desvantagem, por exemplo, há muitas situações que ainda temos de viver e temos de aproveitar o mês de março e os dois amigáveis ​​antes do Europeu para nos prepararmos. Mas a ambição é tentar ganhar o Europeu. Depois se ganhamos ou não. No desporto há aspetos que não podem ser controlados, as decisões dos árbitros, os momentos específicos, o adversário, às vezes a sorte também, a qualidade individual de um jogador que consegue criar um momento de magia... Isto é futebol.»

Pelo caminho, Roberto Martínez referiu que ficou muito contente ao descobrir as especificidades do futebolista português. A forma como pensam o jogo, garante, é um dos segredos do sucesso da Seleção Nacional.

«O balneário desta equipa trouxe-me uma grande surpresa. Percebi que o futebolista português é muito competitivo, gosta de vencer, sabe vencer, sabe controlar os momentos importantes de um jogo. Mas o que mais me surpreendeu é que ele gosta de ter informações táticas. São variantes que eu não tinha visto antes num balneário de forma tão clara», disse. 

«Além disso, há um sentimento de orgulho, de responsabilidade... Há alguns sentimentos que são mais vistos nas seleções sul-americanas do que nas europeias. Essa combinação de aspetos dominantes, competitividade, gosto pela informação tática e a responsabilidade de querer jogar pela Seleção Nacional, surpreendeu-me muito.»

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