«Cancelo e Félix estão a um nível perfeito para jogar ao nível dos melhores»

7 set 2023, 17:48

Selecionador nacional considera que estreias pelo Barcelona poucos dias depois de chegarem ao novo clube provam isso mesmo. Declarações de Amorim? «Sigo 82 jogadores, não trabalho com 23», respondeu, referindo que em setembro os minutos jogados não são o mais importante

A convocatória de Roberto Martínez para os jogos com Eslováquia e Luxemburgo - apuramento para o Euro 2024 - foi muito questionada devido à chamada de jogadores sem tempo de jogo em detrimento de outros mais rodados e em melhor forma física neste arranque de época.

Após a chamada dos 24 jogadores, Ruben Amorim referiu que a Seleção não devia ser um espaço para «ajudar» jogadores, naquilo que foi entendido como uma referência clara ao apelo feito por Martínez relativamente a João Cancelo e João Félix, que ainda não tinham minutos em jogos oficiais em 2023/24 aquando da convocatória.

«Quando o João Cancelo e o João Félix chegam a uma equipa como Barcelona e jogam diretamente, é sinal de que estão a um nível perfeito para jogar ao nível dos melhores. O Cancelo fez uma pré-época perfeita. Fez duas vezes 45 minutos em dois jogos. O João Félix jogou menos, mas psicologicamente está muito positivo para ajudar a equipa», justificou Roberto Martínez, que em resposta às declarações do treinador do Sporting garantiu que as convocatórias para a equipa das quinas são fruto de um processo muito profissional, honesto e que requerem muito trabalho e que em setembro tem em considerações outros factores que são equacionados, por exemplo, em março.

«O momento de forma é importante, mas o estágio de março é um estágio em que são mais importantes os minutos jogados pelo jogador e o momento de forma. O estágio de setembro, pela minha experiência internacional, não é para ver o momento de forma. É para ver o que o jogador pode oferecer à nossa ideia de jogo, o compromisso, o talento e a paixão pela Seleção», defendeu.

Martínez não viu drama pelo facto de as suas escolhas terem sido muito contestadas. «As convocatórias não podem agradar a todos. Mas os treinadores sabem que temos de tomar decisões com base em processos profissionais. Estive em Alvalade, vi um jogo ao vivo e sigo 82 jogadores, não trabalho com 23», disse, lembrando que há 80 jogadores portugueses só nas cinco principais ligas da Europa.

«É importante é ter uma linha de trabalho. Trabalhamos com a Seleção sete ou oito dias para fazer dois jogos. E temos três estágios antes de um apuramento para o Europeu. O tempo de trabalho é muito importante. Precisamos de ter uma relação. Os jogadores precisam de tornar-se cada vez mais competentes na ideia de jogo», justificou ainda.

As convocatórias não podem deixar todos contentes. Mas gosto de opiniões. É futebol, é normal. Faz parte da nossa vida.

 

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