O objetivo é formar especialistas para contribuir na definição de políticas públicas em saúde, que António Almeida Dias considera poderem vir a ser uma mais-valia para organismos públicos, autarquias e Governo.
A primeira licenciatura em Saúde Pública vai abrir em 2024 no Instituto Universitário de Ciências da Saúde, em Paredes, para dar resposta a uma necessidade que a pandemia da covid-19 tornou evidente, segundo o presidente da instituição.
“É um curso inovador, ainda não existia em Portugal esta formação superior”, explicou à Lusa o presidente da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU), que integra o Instituto Universitário de Ciências da Saúde, onde o curso será ministrado, em parceria com o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto.
Com apenas 35 vagas, o curso de três anos, recentemente aprovado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, receberá os primeiros alunos no ano letivo 2024/2025 no Instituto Universitário de Ciências da Saúde, em Gandra, Paredes.
“Já havia um histórico grande em que a saúde pública foi fazendo parte daquilo que é o nosso ensino, mas integrado noutros ciclos de estudo”, referiu António Almeida Dias, explicando que todos os cursos do instituto ligados às ciências da saúde já incluíam alguma formação naquela área.
No entanto, acrescenta, “a pandemia veio despertar a necessidade de se fazer uma formação especializada e muito mais abrangente nesta área”.
O objetivo é formar especialistas para contribuir na definição de políticas públicas em saúde, que António Almeida Dias considera poderem vir a ser uma mais-valia para organismos públicos, autarquias e Governo.
“Até aqui, existiam apenas dois tipos de formação na área da saúde pública. Ou segundos e terceiros ciclos (mestrado e doutoramento), ou a especialização na área médica”, explicou o presidente do CESPU.
Os técnicos superiores em saúde pública que saírem da nova licenciatura também vão poder trabalhar em complementaridade com os médicos especialistas nessa área, acrescentou, defendendo que “vai acrescentar mais capacidade de resposta”, por tratar-se de “outra forma de participar ativamente na saúde”.