Militares que desafiaram russos em ilha ucraniana afinal estão vivos

28 fev 2022, 18:45
Militares da ilha de Zmiinyi (Instagram: ukraine.ua)

Recusaram acatar as ordens de um navio de guerra russo e desapareceram depois da ilha de Zmiinyi, na Ucrânia, ter sido bombardeada. Acreditava-se que teriam sido mortos e Zelensky apelidou-os "heróis"

"Estamos muito felizes por saber que os nossos irmãos estão vivos e bem", confirmou esta segunda-feira o Ministério da Administração Interna da Ucrânia no Facebook. Na mesma publicação é condenada a "apreensão ilegal de um navio civil" no dia em que 48 quilómetros do território ucraniano foram bombardeados. "É uma violação do direito internacional humanitário." A entidade exige ainda ao governo russo a libertação dos cidadãos que foram capturados - entre eles os 13 fuzileiros navais e guardas fronteiriços -, apelando à comunidade mundial e aos fiéis de todas as igrejas "que tomem as medidas possíveis". 

De acordo com o governo ucraniano, a comunicação com a ilha de Zmiinyi foi cortada depois de as infraestruturas terem sido completamente destruídas pelos invasores. Por outro lado, a propaganda russa terá promovido a ideia de que as autoridades ucranianas se tinham esquecido dos seus militares. "O inimigo mais uma vez demonstrou a sua essência. Provou novamente que não há fé ou verdade nas suas ações e palavras", conclui a publicação.  

A 25 de feveiro ficou conhecido o "ato heróico" de 13 militares ucranianos que protegiam o pequeno território de um navio de guerra russo. Aqueles que pretendiam invadir a também chamada Ilha das Serpentes ordenaram aos ucranianos que baixassem as armas, mas foram desafiados. "Vão-se f****", pensavam-se ser as "últimas palavras" de um dos militares ucranianos momentos antes de o local ter seido bombardeado. 

A atitude foi elogiada mundialmente, sobretudo por Volodymyr Zelensky, que lhes atribuiu o prémio póstumo "Heróis da Ucrânia".

Europa

Mais Europa

Mais Lidas

Patrocinados