Medida abrange um total de cerca de 26 mil trabalhadores em Portugal, num investimento total de 25 milhões de euros.
A Jerónimo Martins aumentou entre 7% a 13% o salário de entrada em Portugal na rede Pingo Doce, Recheio, Jerónimo Martins Agro-Alimentar, Jeronymo e Hussel, abrangendo um total de cerca de 26 mil trabalhadores. A atualização salarial representa um investimento de cerca de 25 milhões de euros, revela fonte oficial do retalhista alimentar à ECO Pessoas. Depois do Lidl e da Mercadona, o grupo é o mais recente retalhista alimentar a anunciar a sua política de atualização salarial para 2023.
“No início de 2023 o Grupo Jerónimo Martins assegurou aumentos dos salários de entrada nas insígnias em Portugal (Pingo Doce, Recheio, Jerónimo Martins Agro-Alimentar, Jeronymo e Hussel) entre 7% e 13% acima dos de 2022. É importante salientar que na maioria das nossas companhias em Portugal (bem como nas outras duas geografias onde operamos), as políticas retributivas contemplam aumentos salariais logo após um ano de antiguidade, como forma de promover a retenção e reconhecer uma maior autonomia dos nossos colaboradores no desempenho das suas funções”, adianta fonte oficial.
“Estes aumentos em Portugal representaram um investimento de aproximadamente 25 milhões de euros e abrangeram cerca de 26 mil colaboradores”, refere ainda. Em 2022, o grupo dono do Pingo Doce tinha aumentado entre 7% e 25% os salários de entrada dos colaboradores do grupo dono do Pingo Doce e do Recheio, num investimento de 22 milhões de euros.
E para mitigar o impacto da inflação atribuiu ainda em dezembro um bónus até 350 euros, num montante total de apoio de oito milhões de euros.
“A valorização do mérito é também fomentada pela nossa estratégia de reconhecimento. Os prémios que atribuímos aos colaboradores das operações podem acrescentar mais de 100% à remuneração base mensal nos níveis de entrada”, continua o retalhista. Dando como exemplo, o prémio de 550 euros atribuído em abril do ano passado a 21 mil colaboradores das operações em Portugal, num investimento superior a 11 milhões de euros.
“Todos os anos efetuamos um elevado investimento em programas de apoio direto aos colaboradores e às suas famílias em situações de vulnerabilidade, que sabemos assumirem uma importância acrescida nesses momentos. Em 2022 investimos 4,7 milhões de euros nestes programas em Portugal, direcionados para três eixos essenciais: Saúde, Educação e Bem-estar familiar”, acrescenta a companhia.
Aumentos no retalho
O retalhista alimentar junta-se assim ao Lidl – que anunciou em outubro aumentos de 10% no salário de entrada, para 820 euros brutos, num total de 8,5 milhões de euros em investimento na folha salarial para 2023 – e à Mercadona – que anunciou uma subida do salário de entrada em 11% e uma atualização salarial de acordo com a inflação de dezembro. Ambos revelaram a sua política de atualização salarial para 2023, ano em que se antecipa que a inflação – que no ano passado encolheu em 4% o salário médio em Portugal – volte a ter impacto nos rendimentos nos trabalhadores.
No setor do retalho, a Ikea também já tinha anunciado em dezembro uma subida do salário de entrada de 750 para 1.000 euros brutos mensais (14.000 euros anuais).