Perceção de controlo tende a diminuir logo após o fim de uma relação amorosa. Mas não dura para sempre

CNN Portugal , DCT
15 ago 2022, 20:00
Separação (Unsplash)

Equipa alemã comparou o impacto de vários fins de relação - separação, divórcio e óbito - e descobriu que as pessoas viúvas tendem a recuperar mais rápido a perceção de controlo

O fim de uma relação amorosa tem sempre impacto em ambos os membros de um casal, mas sabe-se agora que pode mesmo interferir com a perceção de controlo - sobretudo se em causa estiver o óbito da cara-metade. E são as mulheres que apresentam uma maior mudança na sensação de que conseguem ter influência em fatores internos e externos relacionados com a sua própria vida.

A conclusão é de um estudo alemão que analisou o impacto do fim de uma relação amorosa em homens e mulheres de várias idades. Ao todo, foram analisadas 2.095 pessoas (1.235 tinham terminado um namoro, 423 tinham-se divorciado e 437 tinham ficado viúvas) que participaram em questionários de avaliação de personalidade entre 1994 e 1996.

Assim que cruzaram os dados desses questionários, os cientistas notaram uma diminuição da perceção de controlo a curto prazo após o fim de um namoro e em caso de viuvez, mas essa alteração não se mostrou definitiva: a médio e longo prazo as pessoas voltaram a ter uma sensação de controlo nas próprias vidas. Este resultado era mais visível sobretudo em quem ficou viúvo e logo no primeiro ano após a separação do parceiro. Porém, não foram encontradas mudanças em caso de divórcio e, por isso, os cientistas defendem a importância de mais estudos sobre a questão.

Diz o estudo, publicado na PLOS One, que as mulheres são mais suscetíveis a apresentar alterações na perceção de controlo após o fim de uma relação amorosa e que, pelo contrário, as pessoas mais jovens acabam por sentir um maior controlo nas suas vidas do que as mais velhas.

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