Manuel Pizarro admite que contratações ainda não correspondem a todas as necessidades
O ministro da Saúde recordou este sábado que foram contratados 90 psicólogos para os centros de saúde em Portugal, nos últimos três anos, mas admite que ainda não corresponde a todas as necessidades, sendo necessário continuar a trabalhar.
“Nós contratámos nos últimos três anos 90 psicólogos para os centros de saúde, 50 foram admitidos em processos variados durante a pandemia e finalmente foram colocados os 40 psicólogos do concurso que tinha aberto em 2018. É uma evolução que ainda não corresponde a todas as necessidades, mas tem este sinal. Estamos bastante melhor do que estávamos antes”, declarou o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.
À margem da cerimónia dedicada ao Dia Mundial do Cancro, que decorreu esta manhã no Porto, no centro regional da Liga Portuguesa Contra o Cancro, o ministro foi questionado pelos jornalistas sobre haver listas de espera de um ano para consultas de psicologia de adolescência.
Manuel Pizarro disse que “haverá casos pontuais em que há ainda atrasos”, mas reiterou que a “rede de resposta é muito superior à que existia anteriormente”.
“A saúde mental é um tema muito importante que adquiriu uma nova centralidade depois da pandemia e isso é conhecido, sobretudo entre as gerações mais jovens. Há muitas referências a problemas de saúde mental e há necessidade de apoio. Isso não é feito apenas no Serviço Nacional de Saúde”, acrescentou.
Segundo o ministro da Saúde, nos últimos seis anos foram contratados cerca de mil psicólogos para as escolas, e em todas as delegações distritais do Instituto de Juventude e Desporto funcionam consultas de saúde mental com psicólogos.
O ministro da Saúde disse hoje que os níveis de rastreio do cancro da mama estão “francamente bem”, mas admitiu que os do cancro do colo do útero ainda não recuperaram desde a pandemia da covid-19.
Sobre o sistema de rotatividade das maternidades, Manuel Pizarro garantiu que nenhuma maternidade em Portugal iria ser encerrada, nem mesmo as maternidades em situação difícil como acontece em algumas no interior do país com “rarefação de profissionais”.