"Irresponsável", "hipocrisia", "mentira", "falsidade" e outras palavras do PSD para reagir a Pedro Nuno Santos

12 abr, 13:19

Líder do PS enunciou cinco medidas que deseja ver aprovadas nesta legislatura, ex-ministras do PS levantaram-se e aplaudiram em apoteose. A bancada parlamentar do PSD diz-se espantada

O líder da bancada parlamentar do PSD acusou o PS de "hipocrisia" - e não só, e não só -, depois de Pedro Nuno Santos ter exigido esta sexta-feira ao Governo que ceda em medidas que, vinca o PSD, os socialistas não adotaram quando tinham "a caneta na mão para decidir".

Hugo Soares, que subiu ao púlpito do plenário logo a seguir ao secretário-geral do PS - que enunciou cinco medidas que deseja ver aprovadas nesta legislatura -, mostrou-se surpreendido com esta iniciativa dos socialistas. É que, disse Hugo Soares, Pedro Nuno Santos começou a sua intervenção a dizer que "não acreditava na projeção económica" apresentada pelo Governo e, "na mesma intervenção, foi capaz de apresentar um elenco de medidas sem dizer quanto custam".

Mas não foram estas medidas, por si, que causaram espanto ao líder parlamentar do PSD. Foi "sobretudo o apoio que colheu de algumas colegas na sua bancada, senhor deputado", afirmou, dirigindo-se a Pedro Nuno Santos. "Ouvir o secretário-geral do PS anunciar, por exemplo, a abolição das portagens nas ex-SCUTS e ver as membros do Governo levantarem-se para aplaudir quando há um mês não foram capazes de o decidir. Mais do que irresponsável, é hipocrisia política, é mentira, é uma falsidade", acusou.

"Não é assim que se deve governar o país", frisou, reforçando a "ironia" da situação: "Quem teve a caneta na mão para decidir levanta-se hoje para aplaudir quem anuncia isto porque está agora na oposição."

O líder parlamentar social-democrata disse ainda ter "dificuldade" em compreender a insistência do PS em querer que o Governo apresente um orçamento retificativo, que visa "corrigir" e "emendar" o orçamento delineado pelos próprios socialistas. 

"Não me parece que seja o Governo que tem medo de apresentar um orçamento retificativo. O que me parece é que há muitas bancadas com medo de votar, de olhar para o Orçamento do Estado", concluiu.

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