Prémios Laureus: de Verstappen a Djokovic, com Messi e Man. City pelo meio

26 fev, 11:56
Manchester City ergue o troféu do Mundial de Clubes (ALI HAIDER/EPA)

Oito categorias, 32 nomeados. Saiba tudo sobre os candidatos aos prémios Laurens 2024, a entregar em abril, em Madrid

Na antecâmara dos Jogos Olímpicos, o comité dos prémios Laureus anunciou, na manhã desta segunda-feira, em Madrid, os nomeados para as oito categorias. Este conjunto de distinções, entregues desde 1999, tem por objetivo distinguir o desportivismo e a competição em toda a linha.

Na «corrida» ao prémio para melhor atleta (homem) do ano está o tenista Djokovic – pela conquista de três Slams, terminando 2023 com um recorde de 24 títulos da categoria –, Max Verstappen (bicampeão mundial de F1), Noah Lyles – pelas conquistas no Mundial de Atlestimo –, Haaland (avançado do «todo poderoso» Manchester City) e Messi.

Para a organização dos Laureus, o astro argentino – vencedor da distinção em 2023 – justifica a presença nesta lista pela conquista da oitava Bola de Ouro e por conquistar a Taça da Liga pelo Inter Miami, o seu 44.º título.

Quantos à competição feminina, o prémio de melhor atleta será decidido entre a futebolista Aitana Bonmatí – Bola de Ouro, campeã do Mundo por Espanha, vencedora da Liga dos Campeões e da La Liga –, Faith Kipyegon – queniana que conseguiu a proeza de vencer os 1500 e 5000 metros no Mundial de Atletismo –, Shericka Jackson – vencedora do ouro nos 200 metros do Mundial de Atletismo –, Sha’Carri Richardson – norte-americana vencedora do ouro nos 100 metros e nas estafetas 4x100 metros –, Mikaela Shiffrin – a «rainha» dos Mundiais de esqui alpino –, e ainda a tenista Iga Swiatek – líder do ranking WTA.

 

As revelações e os prémios coletivos

O prémio revelação será decidido entre quatro homens e três mulheres. À cabeça surge Jude Bellingham, avançado britânico do Real Madrid que arrecadou o mais recente Golden Boy.

Seguem-se Linda Caicedo – avançada que disputou três mundiais pela Colômbia em 2023 (sub-17, sub-20 e pela seleção A) –, o tenista Coco Gauff – norte-americana vencedora do US Open, aos 19 anos –, o nadador Qin Haiyan – chinês que açambarcou as provas de 50, 100 e 200 metros no Mundial –, e a futebolista espanhola Salma Paralluelo – distinguida com o prémio «jovem» no Mundial.

Por fim, mas não menos importante, o atleta britânico Josh Kerr, surpresa no Mundial de 1500 metros, superando o crónico favorito Jakob Ingebrigtsen.

 

Pausa na competição individual. No contexto coletivo há cinco candidatos ao Laureus para equipa do ano. Favoritismo para a equipa de futebol do Manchester City, campeão do Mundo, da Europa e de Inglaterra.

Todavia, os «citizens» são seguidos pela seleção alemã de basquetebol, campeã do mundo, vencendo a Sérvia e os EUA. A lista fica completa pela seleção espanhola de futebol feminino – campeã do mundo –, pela Red Bull Racing – bicampeã de F1 –, pela seleção sul-africana de rugby – que no último ano conquistou o quarto Mundial –, e pela Europa Ryder Cup – seleção de golfe que «reconquistou» o troféu.

 

Recuperar, regressar e vencer

Os prémios Laureus pautam-se igualmente pela valorização de atletas que superam desafios de diferentes foros. Por isso, a ginasta norte-americana Simone Biles encabeça os candidatos. De lembrar que a atleta esteve ausente dos grandes palcos durante dois anos, por motivos psicológicos, mas o regresso foi «estrondoso», com quatro medalhas de ouro no Mundial.

Outro regresso mediático foi o do avançado Sébastien Haller, que recentemente conquistou a CAN pela Costa do Marfim. Em todo caso, a indicação para esta «short-list» deve-se ao regresso à competição, pelo Dortmund, depois de recuperar de um tumor cancerígena no testículo.

Esta lista fica completa com Katarina Johnson-Thompson – atleta britânica que conquistou o ouro no heptatlo no Mundial, após sucessivas lesões –, Siya Kolisi – jogador de rugby que conduziu a África do Sul à conquista do Mundial, depois de recuperar de uma lesão grave no ligamento cruzado anterior do joelho –, o basquetebolista Jamal Murray – o canadiano venceu a NBA com os Denver, após 18 meses de ausência –, e, por fim, Marketa Vondrousova – tenista checa que venceu Wimbledon, apesar de não ser cabeça de série, e muitas lesões depois.

 

 Nadadores dominam entre paratletas

À boleia do italiano Simone Barlaan – venceu seis medalhas de ouro no Mundial – e do ucraniano Danylo Chufarov – arrecadou três medalhas de ouro no Mundial – os nadadores paralímpicos estão em maioria nesta categoria.

A estes nomeados junta-se a tenista Diede de Groot – vencedora do terceiro Grand Slam consecutivo –, Luca Ekler – atleta húngaro que venceu o ouro nos 200 e 400 metros no Mundial –, Markus Rehm – recordista no salto em distância no Mundial –, e Nicole Murray – ciclista neozelandesa campeã de estrada e pista.

 

A volta ao Mundo, pela «ação» e pelo «fair-play»

A fechar, os prémios «para o bem» e para os «desportos de ação». Entre skate, surf, BMX e vela, a «skater» brasileira Rayssas Leal conquistou medalhas de ouro em provas de ruas nos três principais campeonatos. Em destaque no último ano esteve também Arisa Trew, jovem australiana de 13 anos que assinou, com distinção, o movimento «720» numa competição, algo inédito.

Em alto mar, Caroline Marks – norte-americana em ascensão – e o brasileiro Filipe Toledo – que defendeu o título de campeão do Mundo na Califórnia – são os eleitos no surf.

Entre tanto talento, há ainda espaço para os feitos de Bethany Shriever, que «reconquistou» o Mundial de BMX, e da sul-africana Kirsten Neuschafer, a primeira mulher a vencer uma regata a solo, à volta do globo, «dobrando três grandes cabos».

 

A fechar, o «fair-play». A fundação de Rafa Nadal, que promove o ténis e a educação, entre Maiorca e a Índia, encabeça esta lista, seguido pelo «Obiettivo Napoli», projeto italiano de inclusão para jovens carenciados ou em contextos de «exclusão».

Fora da Europa, no Brasil, o «Bola Pra Frente» introduz os jovens ao mundo do trabalho, à boleia do desporto. Em sentido idêntico funciona o «Just Desk Africa», sediado na África do Sul, e o «ISF Cambodia», ainda que neste projeto o foco seja apenas o futebol.

Por fim, nos EUA, a ideia do «Dancing Grounds» continua a crescer, recorrendo à dança para defender a «justiça social».

A cerimónia de entrega dos Laureus está agendada para 22 de abril, em Madrid.

Relacionados

Patrocinados