Paulo Sérgio: «Em dois cantos houve três golos caídos do céu»

9 fev, 23:07
Paulo Sérgio no Boavista-Portimonense (Manuel Fernando Araújo/Lusa)

Estrela da Amadora-Portimonense, 3-0 (reportagem)

Paulo Sérgio, treinador do Portimonense, em conferência de imprensa, depois da derrota diante do Estrela da Amadora (0-3), no Estádio José Gomes, em jogo da 21.ª jornada da Liga:

Como é que analisa esta noite de azares?

- Não chamaria azar, chamaria outra coisa. Foi um jogo em que nos metemos fora do jogo. Entrámos muito mal, nem entrámos mal, mas em dois cantos houve três golos para o Estrela caídos do céu. Ficámos com uma tarefa hercúlea pela frente, tentámos meter a cabeça no lugar, gerir os danos e equilibrar a equipa para voltar ao jogo com um golo que não surgiu. Na segunda parte, o Estrela ficou muito atrás da linha da bola, ainda marcámos, mas em fora de jogo. Tivemos duas ou três bolas para fazer golo, mas não fizemos. Não podemos cometer este tipo de erros. É muito difícil ir atras do marcador, ainda por cima com o peso de três bolas.

Qual era a estratégia inicial para este jogo?

- Uma linha de cinco a defender, uma de quatro a atacar. Também pretendíamos pressionar alto, tentámos fazer isso desde o início. Depois passámos mais para um futebol direto. A perder, não vamos estar a pressionar um adversário que está confortável. Continuámos a lutar, mas com o marcador facilitado. A segunda parte jogámos sobre brasas. Procurámos, em primeiro lugar, que a equipa tivesse a cabeça no lugar.

Foi uma noite particularmente infeliz para Nakamura. Alguma palavra especial no balneário?

- A responsabilidade da derrota é minha, nunca é de um jogador.

Gostou da reação na segunda parte?

- Gostei que a equipa pensasse o jogo, tivesse a bola. Tivemos três ou quatro situações para marcar, numa marcámos, mas estava fora de jogo. Mas nesta situação não é fácil. É muito difícil entrar lá com o Estrela fechado. Na segunda parte fizemos o que nos competia, tivemos dignidade, mas já não conseguimos tirar nada do jogo.

Como encontrou a equipa ao intervalo? O que lhe disse?

- Como devem calcular, estávamos com uma tristeza profunda. Tínhamos de mostrar capacidade, carácter e que não éramos a equipa daqueles vinte minutos. Foi isso que lhes pedi. Já vi muita coisa no futebol. Se entrássemos com um golo cedo ainda era possível ir atrás do resultado, mas o Estrela teve muito mérito na defesa da vantagem.

O golo 700 na I Liga fica adiado para o jogo com o Vitória na próxima semana?

- Era um número que desconhecia, precisamos bem desse golo frente ao Vitória.

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