Portimonense - FC Porto, 0-3 (crónica)

Pedro Lemos , Portimão Estádio
8 mar, 20:39

Para inglês ver

Não foi uma serenata à chuva, mas não andou longe disso: sem dificuldades nem sobressaltos, o FC Porto ganhou ao Portimonense por 0-3 e colocou pressão sobre Benfica e Sporting que só jogam no domingo.

Na antecâmara da partida em Londres, frente ao Arsenal, os dragões deixaram boas indicações em Portimão, perante um adversário que pouco ou nada criou.

Não espantará ninguém que Sérgio Conceição tenha decidido não mudar um único jogador para a partida de hoje.

Em equipa que ganha não se mexe: e numa que ganhou por 5-0 frente a um dos grandes rivais muito menos.

Os mesmos 11 que golearam o Benfica foram a jogo em Portimão – e o bom momento dos dragões prolongou-se.

Mesmo sem deslumbrar, a primeira parte foi de claro domínio portista: o Portimonense foi sempre uma equipa que raramente conseguiu sair a jogar, remetida à defesa e sem ideias para contrariar a superioridade do adversário.

Bem, em abono da verdade, na única vez em que criou real perigo nas imediações da baliza de Diogo Costa, os algarvios até se podiam ter adiantado no marcador. Mas foi a exceção que confirma a regra.

Corria o minuto 7 quando Carlinhos desmarcou Hélio Varela. Só com Diogo Costa pela frente, o avançado do Portimonense tocou na bola com o pé de apoio e, antes de rematar, o esférico perdeu-se.

Na resposta, foi o FC Porto a chegar à vantagem.

O lance foi uma sucessão de infantilidades da defesa do Portimonense: primeiro foi Seck a aliviar mal uma bola; depois, Gonçalo Costa fez um passe para lugar proibido.

À entrada da área, Evanilson recuperou a bola, passou para Nico González e o médio, de pé esquerdo, rematou para o fundo das redes.

O FC Porto podia ter chegado ao intervalo a vencer por mais, mas Pepê, ao minuto 9, tentou fazer um chapéu e a bola bateu na barra.

Aos 27m, foi Nico González a ficar perto de bisar, mas Nakamura fez uma grande defesa ao remate do argentino.

No segundo tempo, a partida manteve-se na mesma toada: o FC Porto não era avassalador, não deslumbrava, mas o que ia mostrando chegava – e sobrava – para dominar a partida.

No primeiro lance de perigo, os portistas dilataram a vantagem e chegaram ao conforto do 0-2.

Galeno, ao minuto 59, apontou um grande golo, curiosamente com semelhanças com aquele que marcou ao Arsenal na Liga dos Campeões.

À entrada da área, o extremo dos portistas rematou em arco com a bola a entrar mesmo coladinha ao poste da baliza de Nakamura.

Se a partida já estava confortável, ainda mais ficou. Paulo Sérgio ainda lançou quatro jogadores (Berto, Rodrigo Martins, Ronnie Carrillo e Guga) para tentar coisas novas, mas pouco ou nada mudou.

Seria o FC Porto a voltar a marcar, numa boa jogada de combinação entre Jorgie Sanchéz e Pepê concluída, com classe, pelo brasileiro já dentro da área (79m).

Para inglês ver, o FC Porto ganhou com justiça. Segue-se a segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, na terça-feira, em Londres, frente ao Arsenal.

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