Fórmula 1: Gasly vence pela primeira vez em tarde histórica em Monza

6 set 2020, 16:00
Pierre Gasly vence GP de Monza (Luca Bruno/AP)

Piloto da AlphaTauri bate a concorrência, Sainz segundo e Stroll terceiro. Ferrari não acabou em casa. Pódio inédito!

História no Grande Prémio de Itália, em Monza! O piloto francês Pierre Gasly (AlphaTauri) venceu, este domingo e pela primeira vez, uma prova da Fórmula 1, na oitava corrida do mundial.

Carlos Sainz (McLaren) foi segundo e Lance Stroll (Racing-Point) foi terceiro, numa tarde com um pódio inédito, marcada pelo safety car seguido de bandeira vermelha na corrida após o acidente de Leclerc, punição de dez segundos a Lewis Hamilton e Antonio Giovinazzi e a Ferrari a não terminar com qualquer carro no top 10, pela segunda vez seguida, depois de Spa, na Bélgica, há duas semanas. O atual campeão do mundo acabou no sétimo lugar.

Gasly é o 109.º piloto da história a vencer um Grande Prémio, naquela que é a primeira vitória em 24 anos de um piloto francês na Fórmula 1, depois de Olivier Panis em 1996. Charles Leclerc, Sebastian Vettel, Max Verstappen e Kevin Magnussen abandonaram.

Saída de Vettel, acidente de Leclerc, castigo a Hamilton

O arranque, emotivo, ficou marcado pelas más saídas de Vallteri Bottas e Max Verstappen. O finlandês da Mercedes arrancou em segundo e caiu para sexto, ao passo que o holandês da RedBull caiu de quinto para sétimo. Sainz subiu a segundo, seguido de Lando Norris, Sergio Pérez e Daniel Ricciardo. Albon também começou mal e foi penalizado em cinco segundos por cortar a chicane inicial.

A tarde negativa – mais uma – para a Ferrari começou quando Sebastian Vettel teve problemas de travões, foi em frente na primeira chicane da sexta das 53 voltas e desistiu, provocando o primeiro abandono da corrida.

Ao fim de 20 voltas, Kevin Magnussen teve problemas no monolugar, encostou numa altura em que Hamilton tinha mais de dez segundos de vantagem para Sainz. O safety car entrou em pista devido aos problemas do Haas - que abandonou - e Hamilton, tal como Giovinazzi, foi às boxes com o pitlane fechado.

Na volta 24, Charles Leclerc terminou mais uma tarde péssima para a Ferrari, que não acabou com qualquer carro a competir em casa. O monegasco sofreu um aparatoso acidente na curva da Parabólica (vídeo abaixo), abandonou e a direção da prova, apos novo safety car, parou a corrida à volta 26 com bandeira vermelha - algo que não acontecia desde Baku 2017 - para retirar o carro e corrigir a barreira de proteção. Entretanto confirmada a infração de Hamilton e Magnussen, ambos foram penalizados com um Stop & Go de dez segundos, a cumprir nas primeiras três voltas subsequentes.

Depois da bandeira vermelha, com paragem de cerca de meia hora e todos os carros assistidos na box, Gasly ganhou o segundo lugar a Stroll e ficou na liderança – segura até final – quando Hamilton foi cumprir a pena.

À volta 31, Max Verstappen foi o quarto e último a abandonar a corrida.

Campeão ainda chegou aos pontos, fim frenético

Sainz não deu descanso a Gasly, mas o francês confirmou a vitória ao fim das 53 voltas, ao mesmo tempo que Hamilton, que caíra para 17.º e último após cumprir o Stop & Go, recuperou dez lugares para terminar em sétimo e cavar mais o fosso para Verstappen na classificação do mundial, apesar de Bottas estar agora mais próximo.

Lando Norris (McLaren) foi quarto, Bottas (Mercedes) quinto, Ricciardo (Renault) sexto, com o Renault de Esteban Ocon a pontuar no oitavo posto. Kvyat (AlphaTauri) foi nono e o Racing Point de Sergio Perez fechou na zona pontuável, no 10.º lugar. Latifi, Grosjean, Raikkonen, Russell, Albon e Giovinazzi ficaram fora dos pontos.

Na liderança do mundial, Hamilton soma agora 164 pontos, Bottas ultrapassou Verstappen e é segundo, com 110. O holandês é terceiro, com 107. De seguida, Norris e Stroll, que subiram dois lugares cada e somam os mesmos 57 pontos. Albon é sexto (48 pontos), Leclerc sétimo com 45. Nota ainda para o grande salto de Gasly, de 12.º para oitavo (43 pontos). Sainz e Ricciardo, com 41 pontos cada, fecham o top-10.

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