Taiwan insiste que não está subordinada a Pequim

Agência Lusa , AM
5 mar, 09:53
Taiwan (Associated Press)

Primeiro-ministro chinês afirmou que o país vai opor-se "resolutamente" a "quaisquer atividades secessionistas que visem a 'independência de Taiwan'"

Taiwan insistiu esta que não está "subordinada" à China, depois de o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, ter afirmado que Pequim continuará a defender a "grande causa firme e imutável da reunificação" da ilha.

Na abertura da Assembleia Popular Nacional (APN), o evento político mais importante do ano na China, Li Qiang afirmou que o país vai opor-se "resolutamente" a "quaisquer atividades secessionistas que visem a 'independência de Taiwan'", bem como à "interferência de forças externas" na ilha.

"Promoveremos o desenvolvimento pacífico das relações entre os dois lados do estreito, mas defenderemos a grande causa firme e imutável da reunificação da nossa pátria. Aprofundaremos o desenvolvimento integrado das duas partes e aumentaremos o bem-estar dos nossos compatriotas de Taiwan", declarou o primeiro-ministro chinês.

Em conferência de imprensa, o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan, Jeff Liu, afirmou que as declarações de Li Qiang não passam da "mesma história de sempre", uma vez que a República da China (nome oficial de Taiwan) é um país "soberano e independente" que não está subordinado a Pequim.

O responsável recordou que a República Popular da China, fundada por Mao Zedong a 1 de outubro de 1949, "não governou Taiwan nem um único dia" e reiterou que qualquer declaração que procure distorcer o estatuto soberano de Taiwan "não mudará o status quo entre os dois lados do estreito".

Taiwan - para onde o exército nacionalista de Chiang Kai-shek se retirou depois de perder a guerra contra os comunistas - é governada de forma autónoma desde 1949, embora a China reivindique a soberania da ilha, que considera uma província sua para cuja "reunificação" não exclui o recurso à força.

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