Administrador do FC Porto, Adelino Caldeira, suspeito de conluio com a claque

31 jan, 17:00

Ministério Público e PSP acreditam que o dirigente dos azuis e brancos estaria a par do clima de medo e intimidação na AG de 13 de novembro e também de um plano para que a alteração de estatutos fosse aprovada

O administrador da SAD do FC Porto, Adelino Caldeira, é suspeito de agir em conluio com o oficial de ligação aos adeptos do FC Porto, Fernando Saul, com a claque Super Dragões através do seu líder Fernando Madureira e da sua mulher, Sandra, para criar o clima de medo e intimidação verificado na Assembleia-Geral do FC Porto, de 13 de novembro último.

De acordo com a CNN Portugal, que confirmou a informação avançada pelo jornal Observador, o Ministério Público (MP), bem como a Polícia de Segurança Pública (PSP), acreditam que Adelino Caldeira estava a par dos acontecimentos, para impedir que apoiantes do agora já anunciado candidato à presidência do FC Porto, André Villas-Boas, se expressassem livremente na AG realizada no Dragão Arena e que, nessa noite, acabou suspensa devido a episódios de violência.

Adianta ainda a CNN Portugal que, através de Fernando Saul e ainda com Fernando Madureira e Sandra Madureira, foi definido, por ordem de Adelino Caldeira, que deveria ser colocado em prática um plano para que fosse aprovada a alteração de estatutos na AG, nomeadamente tendo em conta os pontos relacionados com o que viriam a ser benefícios oriundos de bilhética de jogos. A AG, recorde-se, acabaria remarcada para 20 de novembro, mas por fim desconvocada.

A Procuradoria da República do Porto confirmou 12 detenções nesta quarta-feira, no âmbito do inquérito aos incidentes na AG do FC Porto de 13 de novembro. Em causa estão suspeitas dos crimes de «ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo», bem como, informa a Procuradoria em comunicado, «coação agravada, ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objeto ou de produtos líquidos e atentado à liberdade de informação».

Fernando Madureira e Sandra Madureira estão precisamente entre os detidos da designada «Operação Pretoriano», que investiga o clima de medo provocado por ações de membros do grupo Super Dragões. Fernando Saul é, até ao momento, um de dois funcionários do FC Porto detidos, a par de Tiago Aguiar, responsável de relações externas do clube.

A PSP revelou em comunicado que apreendeu uma arma de fogo, droga, dinheiro, três automóveis e mais de uma centena de bilhetes no âmbito da investigação.

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