Segundo a Visão, José Sousa Coelho referiu no relatório final do processo disciplinar contra uma magistrada que o caso “objetivamente terá eventualmente feito cair, direta ou indiretamente, um primeiro-ministro”
Um procurador do Ministério Público admitiu, pela primeira vez, que a Operação Influencer motivou a demissão do primeiro-ministro António Costa.
A informação foi avançada pela revista Visão, que cita o instrutor do processo disciplinar à magistrada Maria José Fernandes, que num artigo publicado no jornal Público a 19 de novembro de 2023, intitulado “Ministério Público: como chegamos aqui?”, fez algumas críticas ao funcionamento da instituição.
Segundo a revista, o instrutor do processo, José Sousa Coelho, referiu no relatório final do processo disciplinar que o caso “objetivamente, terá eventualmente feito cair, direta ou indiretamente, um primeiro-ministro”.
O processo Operação Influencer levou, em 7 de novembro, às detenções do chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, do advogado e consultor Diogo Lacerda Machado, dos administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e do presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas.
São ainda arguidos na Operação Influencer o ex-ministro das Infraestruturas João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado João Tiago Silveira e a Start Campus.