Primeiro-ministro da Nova Zelândia viaja para a China com dois aviões - um deles era sobresselente

26 jun 2023, 16:49
Boeing 757 da Força Aérea da Nova Zelândia. Getty

Governo do país justifica a decisão com a necessidade de sucesso da missão, mas a oposição não ficou convencida

O primeiro-ministro da Nova Zelândia viajou para a China e levou dois aviões Boeing 757 da força aérea do país devido ao medo de avarias.

A informação foi confirmada pelo gabinete de Chris Hipkins, que justifica a decisão com a necessidade de a missão ter sucesso. O primeiro-ministro viajou para a China, o maior parceiro comercial da Nova Zelândia, acompanhado de uma delegação de executivos, na esperança de impulsionar o comércio entre os dois países.

“Os 757 têm cerca de 30 anos, estão perto do fim da sua vida económica e deverão ser substituídos entre 2028 e 2030", afirmou o porta-voz do governo.

A oposição ao executivo não poupou nas críticas, e notou o elevado impacto ambiental da decisão, bem como o mau estado das forças armadas do país

"Se temos uma emergência climática, não faz muito sentido ter um segundo 757 com 30 anos a seguir o outro", disse Christopher Luxon, do Partido Nacional, o maior da oposição.

David Seymour, líder dos libertários do ACT, foi mais longe. "Algumas pessoas podem levar consigo um carregador de telemóvel suplente quando viajam para o estrangeiro, para o caso de o perderem ou se avariar. Chris Hipkins precisa de levar consigo um Boeing de reserva”, ironizou.

Os governantes neozelandeses têm enfrentado, ao longo dos anos, vários problemas com os aviões nacionais em deslocações oficiais. Em 2022, Jacinda Ardern, antiga primeira-ministra, ficou presa na Antártida quando um C-130 da força aérea avariou. Acabou por viajar de volta para Wellington num avião italiano.

Em 2016, o também ex-primeiro-ministro John Key foi forçado a encurtar uma visita à Índia pelo mesmo problema, ficando retido, dessa vez, na cidade australiana de Townsville.

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