Jogador da seleção diz que os jogadores estão no Qatar para jogar futebol e não para enviar mensagens políticas
O temas dos direitos humanos tem estado na ordem do dia desde bem antes do Mundial do Qatar.
Nos últimos anos foram muitas as denúncias feitas a propósito das condições de trabalho precárias (e perigosas) dos trabalhadores migrantes que estiveram envolvidos nas obras dos estádios e restantes infraestruturas necessárias e, além disso, muitas vozes têm-se levantado contra a discriminação dirigida à comunidade LGBTI e outros tipos de intolerância.
Nesta quarta-feira, os jogadores da seleção alemã posaram para a habitual foto de grupos antes do jogo com o Japão com a bola tapada, em sinal de protesto por não poderem manifestar-se livremente a favor da causa LGBTI, mas na bancada a ministra do interior alemã, Nancy Faeser, apareceu com a braçadeira 'One Love', proibida pela FIFA, uma posição assumida também por detentores de cargos políticos de outros países.
No final do Bélgica-Canadá, Eden Hazard foi questionado sobre a manifestação dos jogadores da seleção alemã antes do jogo e a resposta que deu está a ser alvo de enorme contestação. «Sim, mas depois eles perderam o jogo. Teria sido melhor se não fizessem isso e ganhassem. Nós estamos aqui para jogar futebol, não para enviar uma mensagem política. Há gente mais apropriada para isso. Queremos estar focados em jogar futebol», disse o jogador belga.
«Não me sinto à vontade para falar sobre isso porque estou aqui para jogar futebol. Não queria começar o jogo com um cartão amarelo, o que seria chato para o resto do torneio», acrescentou citado pela RMC Sport.