Atletismo: Federação Britânica quer eliminar recordes mundiais

11 jan 2016, 13:58
Rolanda Bell

A Federação Britânica de Atletismo (UKA) sugere que os recordes mundiais sejam apagados dos registos, atitude que pretende representar «Um manifesto para um Desporto Limpo».

Para a UKA, os recordes já não são credíveis e portanto é preciso devolver credibilidade à modalidade. «A integridade do atletismo foi desafiada como nunca antes em 2015. Os atletas limpos e os adeptos do desporto foram deixados mal. Acreditar no desporto atingiu o ponto mais baixo em décadas. Maior transparência, sanções mais duras, suspensões mais longas, e até pôr a zero o contador dos recordes mundiais para iniciar uma nova era», defendeu o presidente da UKA, Ed Warner.

Em 2015 a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) esteve envolvida em vários escândalos de doping e a Rússia foi suspensa face ao envolvimento de altos responsáveis para encobrirem casos de dopagem.

O Quénia foi outro dos países envolvido em polémicas e é esperado, esta quinta-feira, um novo relatório da Agência Mundial Antidopagem (AMA), que poderá trazer novas situações a público.

No manifesto, a Federação Inglesa sugere também à AMA regras mais apertadas nas substâncias e um registo público de todos os testes, além de um passaporte biológico «válido para todos os atletas nos Mundiais».

«A UKA acredita que chegou a altura de reformas radicais, isto se quisermos devolver a confiança no desporto», adiantou o presidente da Federação.

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