CIES: transferências em 2022/23 superaram os 9 mil milhões de euros

20 fev 2023, 15:42
As maiores transferências do verão até ao momento, num top 20 que ainda não inclui a transferência de Casemiro para o ManUtd, em finalização. Os valores que não foram comunicados pelos clubes e têm por base nas informações dos media estão assinalados. Nesses casos, toma-se como referência os dados do Transfermarkt

De acordo com o Observatório do Futebol só a época 2019/20 superou os valores gastos esta época

Os clubes profissionais pagaram cerca de nove mil milhões de euros em transferências de jogadores em 2022/23, o segundo valor mais alto de sempre, segundo o relatório divulgado esta segunda-feira pelo Observatório do Futebol (CIES).

Acima destes 9,12 mil milhões de euros, só os 9,7 mil milhões da temporada de 2019/20, com o mês de janeiro deste ano a registar um novo recorde para a janela de inverno do mercado mundial, confirmando uma tendência de subida de preços que apenas os anos da pandemia de covid-19 abrandaram.

Nos últimos 10 anos, o valor da inflação atinge os 116 por cento, incluindo cláusulas condicionais, e 90 por cento sem estas, um aumento que comprova o peso crescente dos valores pagos mediante condições ou objetivos previamente estabelecidos.

O documento elaborado pelo CIES mostra que um jogador que custasse um milhão de euros em 2013/14 hoje seria transacionado por um pouco acima de dois milhões.

O relatório olha para a última década do futebol profissional a nível global, notando uma inflação constante de preços pagos para transacionar futebolistas, com particular influência da Premier League como ‘"motor", tendo em 2022/23 sido responsável por 40,2 por cento do valor investido.

É um aumento considerável quando comparado com a média de 25,4 por cento que representa a quota de responsabilidade pelo mercado entre 2013/14 e 2019/20, confirmando a influência dominante da Premier League.

Os preços que os clubes ingleses pagam também estão acima dos outros, e a inflação é mais notória neste campeonato, subindo a um ritmo anual de 12,6 por cento comparado com 8 por cento do restante mercado.

Em média, há um aumento de 9 por cento ao ano na última década, um valor que baixou durante as duas temporadas afetadas pela covid-19, voltando à tendência crescente esta época.

Entre os tipos de jogadores com um aumento de preço mais notório estão os defesas centrais (12,5 por cento), laterais (11,1 por cento) e jovens talentos (12,8 por cento), ou seja, abaixo dos 21 anos.

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