Carlos Jorge e Zeca, sobreviventes do Jamor

22 mar 2001, 22:35

Em locais diferentes, sofreram à sua maneira Carlos Jorge e Zeca são dois sobreviventes da equipa que marcou presença na final da Taça de Portugal no Jamor, há seis anos, frente ao Sporting. Depois do muito sofrimento de ontem, um no Bessa e o outro em casa, recordam esse momento e sonham já com o dia 10 de Junho, onde, desta vez, esperam que o Marítimo consiga erguer o troféu.

Carlos Jorge e Zeca são dois sobreviventes da equipa que marcou presença na final da Taça de Portugal no Jamor, há seis anos, frente ao Sporting. Depois do muito sofrimento de ontem, um no Bessa e o outro em casa, recordam esse momento e sonham já com o dia 10 de Junho, onde, desta vez, esperam que o Marítimo consiga erguer o troféu.

O «capitão» Carlos Jorge não escondeu que o momento de «felicidade foi muito grande, após o Marítimo conseguir o apuramento para a final», embora tenha sofrido muito durante o tempo de jogo. O mais importante foi conseguido, mas ainda há muito por fazer: «Era bom que na final conseguíssemos levantar o troféu. Era um prémio justo para o trabalho de toda a equipa, ao longo da época.»

Sobre o encontro do Bessa, o central madeirense recordou: «Sabíamos que iríamos ter muitas dificuldades perante o Boavista. Depois, surgiram algumas decisões da arbitragem contra nós. Foi uma vitória maravilhosa, embora conseguida com muito sofrimento, e justa, pelo empenho dos jogadores.»

Pior sorteio ao longo da prova

Carlos Jorge acredita que esta passagem à final foi um prémio pelo muito sofrimento que os verde-e-rubros tiveram ao longo da prova.

«Fomos a equipa que apanhou os adversários mais complicados. Quatro equipas da I Liga e três delas fora de casa. Ao longo da época fomos trabalhando para ultrapassar estas dificuldades», relembrou.

«Seria muito bom para nós, para a Madeira e para adeptos que chegássemos à vitória.»

Quanto a preferências, Carlos Jorge foi claro: «A nossa preferência está em vencer. É sempre difícil jogar contra os grandes, mesmo que não estejam tão bem no Campeonato.»

Zeca sofreu em casa

Outro dos sobreviventes do Jamor é o madeirense Zeca. Este jovem está numa fase de recuperação, depois de uma longa paragem.

«Vi o jogo em casa e sofri muito, mas fiquei muito contente com a passagem à final», disse.

A passagem pela final há seis anos não está esquecida: «Lembro-me perfeitamente o momento em que pisei a relva do Jamor, com um estádio cheio. Foi um momento inesquecível.»

Quanto à final, segundo Zeca, «tudo depende do adversário e de muita coisa.» E adianta: «O mais importante foi termos conseguido garantir a presença.»

O médio verde-e-rubro recusa comentar as declarações do treinador do Boavista, Jaime Pacheco. «Não quero comentar as declarações do treinador do Boavista. Fica para as pessoas que lhes compete julgar essas atitudes e afirmações. De fora vi um bom jogo, com uma arbitragem correcta », esclareceu.

Sobre a final no dia 10 de Junho, Zeca está consciente das dificuldades que esperam a sua equipa: «Vai ser um jogo muito complicado, mas podemos vencer.»

Quanto à sua presença, o brilho volta-lhe aos olhos: «Oxalá conseguisse pisar o relvado do Jamor. Era bom sinal. Já vou trabalhando com bola, mas tem de ser devagarinho.»

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