Iniciativas que incitam ao ódio não deviam ser permitidas na Constituição, afirma Mariana Mortágua

Agência Lusa
3 fev, 14:25
Mouraria, Martim Moniz, Rua do Benformoso (ANTÓNIO COTRIM/LUSA)

Mariana Mortágua referia-se ao protesto da extrema-direita “contra a islamização da Europa” que está agendado para este sábado em Lisboa, entre o Largo Luís de Camões e a Praça do Município.

A coordenadora do Bloco de Esquerda defendeu hoje que iniciativas que incitam ao ódio não deveriam ser permitidas pela Constituição portuguesa, alegando que o país deve afirmar “a decência contra o ódio e contra o medo”.

Mariana Mortágua referia-se ao protesto da extrema-direita “contra a islamização da Europa” que está agendado para hoje em Lisboa, entre o Largo Luís de Camões e a Praça do Município.

“Nos últimos dias têm saído noticias e reportagens importantes de como Portugal precisa destes imigrantes, que são quem garante a agricultura, as pescas, a restauração e a segurança social e as pensões”, disse numa declaração aos jornalistas no final de uma visita a um centro de treino de boccia, praticado por pessoas com deficiência, no Seixal.

A coordenadora do BE considerou existir hoje um equilíbrio no sistema de pensões porque os imigrantes estão a contribuir com 1.600 milhões de euros líquidos para a segurança social.

“É em nome desta decência de quem quer condições para toda a gente que está a ajudar o país a crescer que nos candidatamos e estaremos sempre aqui para afirmar a decência contra o ódio. É assim que se constrói um país”, frisou.

Questionada sobre a sondagem SIC/Expresso divulgada na sexta-feira, segundo a qual o Chega subiu e já atinge os 21%, havendo uma estagnação do PS e da AD, com BE e IL a terem ambos 5%, Mariana Mortágua disse que “as sondagens já enganaram o país no passado e que 'a procissão vai no adro'”.

“O jogo está a começar agora e acredito que Portugal vai ter a seguir às eleições uma maioria capaz de resolver os problemas da habitação, da saúde e ter medidas para subir os salários”, disse, afirmando que é com esse projeto mobilizador que conta ter uma vitória e que uma maioria terá de ter o Bloco de Esquerda.

O BE, adiantou, é determinante para a construção de uma maioria que seja “uma viragem e que corrija os erros da maioria absoluta, trazendo estabilidade à vida das pessoas”, concluiu.

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