Eleições na Madeira: “O voto é a nossa arma. É um dever que nós temos, é um direito que nós temos”

Agência Lusa , MJC
24 set 2023, 12:23
Eleições na Madeira (Lusa/Paulo Novais)

Todas as mesas abriram e o ato decorre com normalidade. Ireneu Barreto, representante da República para a Madeira, apelou aos madeirenses que vão votar

O representante da República para a Madeira assegurou que as eleições regionais estão a decorrer este domingo com normalidade, apelando a que todos exerçam o seu direito de voto porque os próximos anos são “importantíssimos” para a região.

“Pelas informações que tenho, todas as secções de voto abriram, sem problemas”, disse Ireneu Barreto aos jornalistas, depois de votar na mesa da Câmara Municipal do Funchal.

O representante da República reforçou que “tudo abriu, tudo está a correr normalmente”. “Está um dia lindo, as pessoas têm tempo para votar, para ir à serra ou ir à praia”, apelou o juiz conselheiro.

Ireneu Barreto argumentou: “Se não votarmos, dispensamo-nos de nos preocupar com a cidadania, com o modo como a nossa região vai ser governada”.

Segundo o representante, “os próximos quatro anos são importantíssimos”, destacando ainda: “O voto é a nossa arma. É um dever que nós temos, é um direito que nós temos”

O responsável mencionou também que, de acordo com as informações que recolheu neste local de votação, a afluência “parece mais importante, a esta hora, do que nas outras eleições”.

Ireneu Barreto apontou que terá, na próxima semana “algum trabalho a fazer”, de acordo com o protocolo eleitoral, nomeadamente “receber os partidos e depois pedir ao partido que ganhar que indique a personalidade que deve chefiar o governo [regional]”.

Ireneu Barreto recusou antecipar cenários de resultados eleitorais, vincando: “Vamos deixar as pessoas votarem livremente, decidirem o que querem para região”.

O representante da República apontou estar “preparado para qualquer cenário”, ironizando: “O único [para o qual] não estou preparado, e não vai existir, é um governo do representante da República. Isso garanto que não vai existir”.

Mais de 253 mil eleitores são hoje chamados a votar nas legislativas regionais da Madeira para escolher a nova composição do parlamento do arquipélago, com 13 candidaturas na corrida.

As 292 secções de voto distribuídas pelas 54 freguesias dos 11 concelhos do arquipélago abriram às 08:00 e estarão em funcionamento até às 19:00.

De acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, estão registados 253.865 eleitores, dos quais 248.519 na ilha da Madeira e 5.346 na ilha do Porto Santo.

Em causa estão os 47 lugares do parlamento regional, disputados num círculo eleitoral único por duas coligações e outros 11 partidos: PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL.

Há quatro anos - quando a abstenção foi de 44,5% -, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.

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