Primeiro-ministro afirma que a China respeita o acordo sobre Macau

Agência Lusa , CNC
22 jun 2023, 21:46
O primeiro-ministro, António Costa, fala aos jornalistas pouco depois da declaração de Pedro Nuno Santos (António Cotrim/Lusa)

“Temos com a China um acordo específico relativamente à Região Autónoma Especial de Macau, que a China tem respeitado. E enquanto a China respeitar respeitaremos a China nos mesmos termos que a China respeita Portugal e o acordo que estabeleceu com Portugal”, frisou

O primeiro-ministro salientou esta quinta-feira que a China está a respeitar o acordo firmado com Portugal sobre a Região Autónoma Especial de Macau e considerou que estão estabilizadas as relações diplomáticas “seculares” com este país.

Esta posição foi defendida por António Costa na Assembleia da República, na parte final do debate preparatório sobre o Conselho Europeu dos próximos dias 29 e 30, em Bruxelas, depois de questionado pelos deputados Miguel Santos (PSD) e Bernardo Blanco (Iniciativa Liberal) sobre as relações entre Portugal e a China.

Miguel Santos pediu ao primeiro-ministro que detalhasse o que vai defender no Conselho Europeu quanto às políticas comerciais com a China, enquanto Bernardo Blanco quis saber porque é que entende que Portugal deve aumentar a sua cooperação com este país, e se discorda que seja classificado pela União Europeia como “rival estratégico”.

Na resposta, António Costa advogou que “Portugal tem uma posição muito clara e estabilizada na sua política externa, designadamente na sua relação com a China”.

“Temos uma relação secular com a China e entendemos que devemos ter com este país as melhores relações comerciais que sejam possíveis. Devemos ter com a China uma relação de respeito mutuo”, afirmou, antes de mencionar o tratado bilateral de 1987 sobre Macau.

“Temos com a China um acordo específico relativamente à Região Autónoma Especial de Macau, que a China tem respeitado. E enquanto a China respeitar respeitaremos a China nos mesmos termos que a China respeita Portugal e o acordo que estabeleceu com Portugal”, frisou o líder do executivo português.

Ainda em matéria de política externa, em resposta à bancada do PS, António Costa fez uma veemente defesa do apoio de Portugal e da União Europeia à Ucrânia na sua guerra contra a Rússia.

“A vitória da Ucrânia será a vitória do direito internacional. A derrota da Ucrânia será a derrota do direito internacional”, acrescentou.

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