Montenegro critica "recusa" de governantes em prestar esclarecimentos no parlamento

Agência Lusa , AM
14 dez 2022, 13:29
Luís Montenegro (Paulo Novais/Lusa)

Líder do PSD considera que devia de ser do interesse dos próprios membros do Governo dizer o que estão a fazer

O presidente do PSD criticou esta quarta-feira a rejeição, pelo PS, do pedido dos sociais-democratas para ouvir o ex-ministro da Defesa João Gomes Cravinho no parlamento, e considerou que há um padrão de fuga às responsabilidades.

“Hoje de manhã aconteceu mais uma vez. O ministro dos Negócios Estrangeiros [anterior ministro da Defesa) era o primeiro interessado em deixar claro no parlamento que enquanto foi ministro da Defesa não colaborou, não subestimou, não desvalorizou um acontecimento que já tinha sido alvo de uma apreciação política no Parlamento. Portanto era o primeiro a ter interesse em esclarecer. Mas recusa e isto tem acontecido sucessivamente”, afirmou Luís Montenegro.

O líder do PSD deixou mesmo um desafio ao Governo, para que este esclarecimento seja prestado antes do encerramento para o período natalício.

Montenegro falava aos jornalistas em Proença-a-Nova, onde se deslocou no âmbito do programa “Sentir Portugal”, que iniciou no domingo no distrito de Castelo Branco.

Esta quarta-feira, na Comissão de Defesa Nacional, o PS chumbou as audições do ministro dos Negócios Estrangeiros e do secretário de Estado da Defesa sobre a investigação “Tempestade Perfeita” pedidas pelo PSD, com o argumento de que o Chega já agendou um debate com Cravinho.

O requerimento foi chumbado com os votos contra do PS e os votos favoráveis de PSD, Chega, Iniciativa Liberal e PCP. O Bloco de Esquerda não marcou presença na reunião.

“Ora temos um padrão do Governo que é de fuga às responsabilidades. Acho que é preocupante para a democracia portuguesa que todos os dias, todas as semanas haja membros do Governo que se recusam ir ao Parlamento prestar esclarecimentos”, sustentou.

Para Luís Montenegro devia de ser do interesse dos próprios membros do Governo dizer o que estão a fazer.

“Das duas uma: Ou eles não sabem o que é que estão a  fazer ou sabem que estão a fazer mal. Porque um governante que está de consciência tranquila com a capacidade de resposta e trabalho que está a fazer é o primeiro interessado”, concluiu.

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